O deputado federal José Janene (PP-PR) atribuiu sua absolvição na Câmara à eficiência de seus advogados. “Não pude exercer minha defesa [em razão de complicações de saúde], mas a tese defendida pelos] advogados foi convincente.”
Acusado de ser o operador do mensalão na liderança do PP, Janene se livrou da cassação pelo plenário da Câmara, por falta de votos em favor de sua condenação. Janene não estava presente. Foi representando pelo advogado Manoel Leal.
Compareceram à sessão 366 deputados: 210 votaram pela cassação e 128 pela absolvição. Para que ele perdesse o mandato por quebra de decoro, seriam necessários 257 votos.
“Não tenho nada a comentar sobre isso, a não ser que um resultado de plenário ninguém pode contestar”, afirmou Janene, minimizando a baixa presença na sessão.
Ele disse que está “com a consciência tranqüila” e que “Deus sabe o que faz”, quando questionado se considera que o arquivamento o livra também das suspeitas de que recebeu R$ 4,1 milhões do valerioduto.
Durante o processo, o ex-líder do PP admitiu apenas ter ficado com R$ 700 mil. Em sua defesa, disse que esse dinheiro pagou um advogado para o ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC).
Após afirmar que sua maior preocupação no momento é a saúde, e não mais a carreira política, ele trata de uma cardiopatia grave, o deputado disse que a importância de encerrar o mandato sem cassação “é maior perante os filhos”.
Ele não quis fazer avaliações sobre o escândalo do mensalão.