Os relógios devem ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Até o dia 16 de fevereiro, quando termina, o horário especial deve ser responsável por uma economia de 2 mil megawatts (MW).
O aumento da temperatura e o incremento da produção industrial por conta das encomendas de Natal acarretam um aumento do consumo de energia entre outubro e fevereiro. Também neste período, os dias são mais longos devido à posição da Terra junto ao Sol.
Com o horário de verão, o expediente termina ainda com luz natural, a iluminação pública é iniciada mais tarde e tudo isto ajuda a reduzir sua intensidade do consumo no horário de pico. A previsão do Operador Nacional do Sistema (NOS) é de que haja uma redução entre 4% e 5% na demanda nos momentos de pico.
Segundo o Ministério das Minas e Energia, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão é de redução na demanda da ordem de 1.745 MW, o que equivale ao dobro da carga de consumo de pico de Brasília. Já na região Sul, a redução deverá ser da ordem de 522 MW, equivalente ao triplo da carga de pico da cidade de Florianópolis.
O horário de verão de 2007 abrangerá as mesmas regiões dos dois últimos anos: Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Opiniões divididas
Independente da economia que será feita, o horário de verão ainda divide opiniões entre os habitantes das regiões abrangidas. De acordo com enquete feita pelo Último Segundo, 53% consideram o horário ruim porque “é muito difícil acordar pela manhã” e 43% dizem que gostam porque “parece que o dia fica mais longo”.
Para a vendedora Renata Moreira, além de ter que acordar com o dia ainda escuro, a “demora” para o sol se por dificulta o descanso. “Como a noite chegar demora a chegar, a impressão que tenho é que também demoro a desacelerar. Acabo indo dormir tarde e no dia seguinte tenho que acordar antes do sol nascer”, reclama.
Já o porteiro Manuel Soares está entre o grupo que aproveita mais o dia nesta época do ano. “Como saio do trabalho às 16h e o sol demora ainda bastante para se pôr, curto mais o dia e até levo as crianças para brincar na rua. A sensação é de que trabalhei menos mesmo tendo feito o mesmo expediente”, comenta.
Representante dos 2% que consideram que o horário não faz nenhuma diferença, jornaleiro Domingo Bulhões diz que é só uma questão de adaptação da rotina. “É ruim apenas nos primeiros dias, até o corpo se acostumar com o novo ritmo. Mas, depois de uns quatro ou cinco dias, a rotina fica como antes”, diz.
Horário bancário
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos adotarão o horário de verão mesmo em estados nos quais este não vigorará (Acre, Amapá, Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins)
Nestes casos, as agências anteciparão em uma hora o atendimento ao público.
Esta regra, porém, não vigorará nos seguintes municípios, que não terão o horário de atendimento alterado:
Manaus (AM);
Belém (PA) e região metropolitana: Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara do Pará;
Fortaleza (CE) e região metropolitana: Aquiraz, Caucaia, Chorozinho, Euzébio, Guaiuba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba e São Gonçalo do Amarante;
Recife (PE) e região metropolitana: Abreu e Lima; Camaragibe; Jaboatão dos Guararapes; Olinda e Paulista;
Salvador (BA) e região metropolitana: Candeias, Camaçari, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Simões Filho e Vera Cruz.
Bovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alterará o horário dos sistemas de negociação. A partir de segunda-feira, 15, o pregão será das 11h às 18h, para todos os ativos em todos os mercados. O After Market irá operar, ininterruptamente, das 18h30 às 19h30.