A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Semob visitou o pátio da empresa Rodando Legal. O contrato firmado entre a empresa e a prefeitura de Cuiabá é um dos objetos de investigação da comissão e a visita técnica constatou que vários itens não estão sendo cumpridos pela empresa.
De acordo com o presidente, vereador Diego Guimarães (Cidadania) alguns itens importantes como o registro do sistema de gerenciamento, lacre dos veículos e as condições do pátio foram alvos de denúncias o que motivou a investigação. Um dos exemplos dado pelo presidente foi o registro fotográfico dos veículos.
De acordo com ele, antes de ser guinchado o veículo precisa ser fotografado e as imagens transferidas para o sistema da central de operação o que não vem sendo feito. “O que tivemos aqui foi uma triste surpresa porque o contrato não é cumprido. Verificamos também que os veículos não estão 100% lacrados e o pátio está em péssima condição. A empresa cobra um valor alto para o serviço que não é prestado”, ressaltou o parlamentar.
A empresa Rodando Legal é responsável pelo recolhimento dos carros apreendidos em Cuiabá. O valor da remoção (guincho) é de R$ 110 para motocicletas, R$ 140 para automóveis e utilitários e R$ R$ 400 para caminhões e ônibus. A diária no pátio é de R$ 49 para motocicletas e R$ 75 para carros. Caso o veículo rebocado não seja retirado do pátio no prazo máximo de 60 dias, o automóvel irá a leilão.
Ao chegarem à empresa os membros da CPI foram barrados e só após algum tempo conseguiram ter acesso ao pátio. Relator da CPI, Lilo Pinheiro (PDT) afirma que o contrato é explicito quanto à manutenção do pátio, mas isso deixa a desejar, assim como a acessibilidade do local.
“A empresa precisa manter o pátio limpo e o que encontramos são carros no meio de mato e da lama. O que vamos levar em consideração na hora de fazer nosso relatório é se o valor da diária está condizente com o serviço prestado. Fica ai nosso compromisso”, ressalta o relator.Wilson Kero Kero (Podemos), membro da comissão ressaltou que a empresa não está garantindo o mínimo para manter a integridade do veículo. “Muitos estão abertos, expostos a sol e chuva. Um pátio insalubre, o munícipe cuiabano é penalizado duramente com a situação degradante que é esta que encontramos aqui. O responsável precisa ser convocado para que explique o motivo do contrato não está sendo cumprido”.