“É justo pretender que o Hezbollah deponha as armas, mas não podemos mandar nossos soldados ao Líbano se o Exército israelense continua atirando. Esperamos um compromisso renovado e real de respeito ao cessar-fogo”, disse o chefe da diplomacia italiana ao jornal romano “La Repubblica”. D”Alema prevê que as tropas italianas, “de 2 mil a 3 mil soldados, sejam um terço do total enviado pela Europa” para integrar a Finul.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, sugeriu que a Itália assuma o comando da Finul. O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, respondeu garantindo a “disponibilidade” de assumir a tarefa, mas deixando a decisão para o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Enquanto isso, em entrevista ao jornal francês “Sud Ouest” o chanceler Moratinos diz que a Espanha “vai participar de maneira significativa no reforço” da Finul, que deve passar nos próximos meses dos atuais 2 mil soldados para 15 mil. No entanto, o chefe da diplomacia espanhola não revelou números definitivos sobre a contribuição espanhola para o contingente militar internacional.
Ocupação no sul
Cerca de 10 mil soldados libaneses ocupam o sul do país, em cumprimento da resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU, disse uma fonte militar, que preferiu não revelar sua identidade. A decisão internacional estabeleceu o posicionamento de forças militares libanesas e internacionais no sul do Líbano. O Conselho exigiu ainda o fim das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, no dia 14, após 34 dias de combates.
Segundo a fonte, a chegada de tropas continua, mas de forma mais lenta, porque Israel não aceita se retirar de algumas das posições que ocupou durante sua ofensiva militar contra o Líbano. Além disso, Israel estaria se opondo ao posicionamento das tropas do Líbano na fronteira até a chegada dos enviados da ONU, outro elemento essencial da resolução.
Ataques isolados
Soldados do Exército israelense mataram três milicianos do Hezbollah na localidade de Shamma, no leste do Líbano, informou nesta terça-feira a rádio pública de Israel.
Os soldados alegaram que os guerrilheiros ameaçavam suas vidas, e que por isso atiraram, acrescentou a emissora. A emissora não informou se os milicianos ofereceram resistência.