Grupo islâmico minimizou os relatos de avanços israelenses e disse que parte desses prédios estão destruídos: ‘Tentativa desesperada de inventar uma vitória’
Israel tomou o controle de edifícios governamentais do movimento islamista palestino Hamas na Cidade de Gaza, informou o Exército israelense nesta terça-fera, 14. Entre os prédios apossados estão: o Parlamento e instalações do Executivo e da polícia. O Exército israelense afirma que tomou o controle “do Parlamento do Hamas, do quartel-general do governo, das sedes da polícia do Hamas e de uma faculdade de engenharia que servia para fabricar e desenvolver armas”. Na segunda-feira, 13, Israel havia informado que o grupo islâmico tinha perdido o controle da cidade de Gaza e estava fugindo para o sul. Com mais essa conquista de hoje, eles somam mais uma vitória contra o grupo islâmico que atacou o país no dia 7 de outubro e desencadeou na guerra no Oriente Médio que chegou a 39º dia. Imagens publicadas nas redes sociais mostram soldados colocando uma bandeira israelense na tribuna do chefe do Parlamento e outros uniformizados posando em frente a uma parede sobre a qual se vê um símbolo com a inscrição: “Sede da Polícia Militar”.
Apesar do posicionamento de Israel, um dos dirigentes do Hamas no enclave palestino minimizou esses relatos de avanços israelenses. “Atacar o Parlamento […], atacar edifícios governamentais que, em certos casos, já estão destruídos, mostram uma tentativa desesperada de inventar uma vitória e criar a ilusão de controlar lugares que, em todos os casos, estão vazios”, declarou o dirigente, Basem Naim. O Parlamento palestino, cuja sede oficial se encontra em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, deixou de funcionar há anos e foi oficialmente dissolvido em 2018. Desde que o Hamas expulsou a Autoridade Palestina de Gaza, os dois territórios palestinos são governados por autoridades paralelas. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os bombardeios israelenses na Faixa de Gaza deixaram mais de 11.300 mortos, entre eles 4.650 crianças. Em Israel o número de mortos é de 1.200.
*Com informações da EFE-JovemPan