Israel reabriu nesta quarta-feira, 2, as passagens fronteiriças com Gaza e permitirá a entrada pela primeira vez em um ano de cimento no território palestino, informaram fontes oficiais.
As fronteiras entre o Estado judeu e a Faixa de Gaza estavam fechadas em represália ao lançamento de foguetes perpetrado por milicianos palestinos contra o território israelense.
A reabertura das fronteiras foi confirmada tanto por fontes oficiais israelenses como do movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza há mais de um ano.
As passagens fronteiriças de Karni, Nahal Oz e Sufa, usadas para a entrada de mercadorias e alimentos em Gaza, foram reabertas nesta quarta-feira, após uma ordem do ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak.
Barak teria autorizado a reabertura da fronteira depois de confirmar que milicianos palestinos em Gaza não perpetraram qualquer ataque com foguetes na terça-feira.
“Uma parte da passagem industrial de Karni e as de combustível de Nahal Oz e Sufa foram abertas para permitir a entrada de produtos humanitários, alimentos e, pela primeira vez em um ano, de cimento”, declarou Peter Lerner, porta-voz do escritório de coordenação das atividades do governo israelense nos territórios palestinos.
Segundo Lerner, que trabalha diretamente com o Ministério da Defesa israelense, a previsão é de que 75 caminhões entrem nesta quarta-feira em Gaza através da passagem de Sufa e outros 80 veículos através de Karni.
Seguindo a rotina dos últimos dias, a principal passagem de pessoas, a de Erez, controlada pelo Exército israelense e situada no norte de Gaza, permanece aberta para casos humanitários. “Entre 40 e 50 pessoas saem a cada dia da faixa para receber tratamento médico em Israel”, precisou.
O Ministério do Interior em Gaza, controlado pelo Hamas, também confirmou que as passagens foram reabertas nesta quarta-feira.
Desde que começou o frágil cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita, no dia 19 de junho, o Estado judeu fechou a fronteira com Gaza por seis dias, em resposta ao lançamento de foguetes e bombas por parte de milicianos palestinos.