sábado, 23/11/2024
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Israel prevê em Orçamento que guerra em Gaza dure até fevereiro

Ministério das Finanças de Israel diz que o conflito resultará em um déficit orçamentário três vezes maior do que o previsto anteriormente, totalizando US$ 14 bilhões

O Ministério das Finanças de Israel afirmou, nesta segunda-feira, 25, que Orçamento prevê que a guerra na Faixa de Gaza irá se prolongar até fevereiro de 2024. De acordo com a pasta, o conflito contra o Hamas resultará em um déficit orçamentário três vezes maior do que o previsto anteriormente, totalizando US$ 14 bilhões (R$ 68 bilhões) nos próximos dois meses. O cálculo leva em conta os gastos com segurança e despesas civis durante mais dois meses de guerra. Itai Temkin, vice-comissário de Orçamento do ministério, afirmou que o déficit, que antes era projetado em cerca de 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB), agora deve chegar a 5,9%. Diante dessa situação, começam as discussões sobre como obter o dinheiro necessário. Uma das opções em debate é aumentar os impostos sobre a renda, embora essa medida seja impopular e o governo tema uma queda ainda maior em sua aprovação.

O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, afirmou que trabalhará para evitar qualquer ônus financeiro para os cidadãos e que sua prioridade é ajudar as famílias dos mais de 350 mil reservistas convocados para lutar. Ele ressaltou a importância de recompensar aqueles que arriscaram suas vidas em prol do país. Smotrich é conhecido por suas posições radicais e também é responsável por gerir a presença de Israel na Cisjordânia ocupada, além de ser um defensor dos assentamentos judaicos. A decisão do governo de proibir a entrada de trabalhadores palestinos que vivem na Cisjordânia em Israel após 7 de outubro pode custar até US$ 830 milhões por mês, de acordo com o Ministério das Finanças. Desde o início do conflito, mais de 10 mil trabalhadores da agricultura e da construção civil, principalmente da Tailândia, deixaram o país, o que gerou uma alta demanda por reposição. No entanto, a entrada de palestinos está proibida, enquanto os israelenses são convocados para o campo de batalha.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu discursou no Parlamento de Israel, o Knesset, nesta segunda-feira. Ele afirmou que o país não irá parar a guerra até alcançar a vitória, mas foi vaiado por familiares de reféns que estavam presentes no local. “Será uma guerra longa que não está perto de terminar”, afirmou, após uma visita ao território sitiado, onde Israel lançou uma ofensiva terrestre e aérea em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro”, finalizou.  Netanyahu ressaltou a necessidade de tempo para alcançar os objetivos e afirmou que entrou em contato com líderes internacionais, como Vladimir Putin, Xi Jinping e o papa Francisco, para pedir intervenção em nome dos reféns. No entanto, as negociações para um novo acordo de cessar-fogo no Egito fracassaram, segundo fontes diplomáticas.

*De agências internacionais-JovemPan

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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