Israel anunciou nesta quinta-feira que irá amenizar o bloqueio terrestre à Faixa de Gaza que provocou aumento da condenação internacional após uma operação militar contra um comboio que levava ajuda humanitária à região, controlada pelo grupo islâmico Hamas, que deixou nove mortos.
Uma nova lista de produtos que podem entrar em Gaza, aprovada por Israel, inclui todos os alimentos, brinquedos, artigos de escritório, utensílios para cozinha, colchões e toalhas, disse Raed Fattouh, coordenador palestino de suprimentos para a região.
Mas Israel manteve seu bloqueio marítimo para a área costeira e uma proibição à importação privada de materiais de construção, vitais para a reconstrução após a guerra promovida por Israel entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009. Os materiais poderão entrar, desde que passem por uma supervisão internacional.
O Hamas classificou as medidas israelenses de “propaganda midiática”.
Um comunicado do governo israelense, divulgado após uma reunião do gabinete de segurança, afirmou: “concordou-se em liberalizar o sistema pelo qual bens civis entram em Gaza e expande o fluxo de materiais para projetos civis que estão sob supervisão internacional”.
Israel afirma que a importação sem restrições de cimento pode fazer com que o Hamas use o material para reconstruir infra-estrutura militar. O país permite a entrada de uma quantidade limitada de material de construção para projetos da Organização das Nações Unidas (ONU).”Nos próximos dias, o governo decidirá os passos adicionais que serão tomados para que esta política seja efetivada”, indica a nota.
Na semana passada, Israel começou a afrouxar o cerco a Gaza e anunciou que permitiria a entrada de refrescos, sucos, frutas em conserva, bolachas, aperitivos e batatas fritas, medida que os palestinos consideraram insuficiente.
G1/Reuters e Efe