O primeiro-ministro iraquiano, Nuri Al Maliki, anunciou na terça-feira o envio de representantes a países vizinhos em busca de ajuda para conter a violência no Iraque e para convocar uma conferência de líderes regionais sobre o assunto.
Horas antes, bombas e tiros mataram 30 pessoas em Bagdá, inclusive 14 funcionários de uma fundação xiita, vítimas de uma emboscada numa rodovia ao norte da capital.
Em entrevista coletiva, Maliki disse que seus enviados vão “incentivar os governos desses países a reforçarem a segurança e a estabilidade”. Segundo ele, a cúpula regional vai acontecer em meados de dezembro, para tentar reconciliar comunidades rivais.
Salah Abdul Razzaq, porta-voz da fundação xiita que supervisiona mesquitas e locais religiosos, disse que a emboscada contra o ônibus de seus funcionários “se destina a acirrar a tensão sectária entre os iraquianos”.
“Os terroristas estão tentando retratar esses crimes como um conflito sectário”, afirmou.
Razzaq disse que outros oito funcionários da entidade ficaram feridos no atentado, que envolveu um carro-bomba e muitos tiros numa rodovia que passa pelo bairro de Qahira.
Na zona sul de Bagdá, num bairro religiosamente misto, três carros-bomba mataram 16 pessoas e feriram 25.