O Irã negou ter envolvimento nos ataques contra instalações da petroleira Aramco, na Arábia Saudita, em uma nota oficial enviada aos Estados Unidos, informa nesta quarta-feira (18) a agência oficial Irna.
Na mensagem transmitida na segunda-feira à embaixada da Suíça em Teerã, que representa os interesses americanos no Irã, o governo iraniano “insiste que não desempenhou nenhum papel no ataque, nega e condena as acusações” contra o país apresentadas pelos Estados Unidos.
Os ataques interromperam do sábado (14) a produção de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia – equivalente a mais da metade dos 9,6 milhões produzidos diariamente segundo a agência Associated Press e 5% da produção mundial.
As ações provocaram incêndios na unidade saudita de Abqaiq, a maior do mundo dedicada ao processamento de petróleo, e na instalação de Khurais. Não houve relatos de feridos, mas a fumaça foi vista do espaço.
Na terça-feira (17), o ministro da energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, anunciou que petroleira retomou parte da produção. A capacidade de produção voltará ao normal até o fim de setembro.
Quem atacou a petroleira?
Após o incidente, rebeldes iemenitas houthis – que são apoiados pelo Irã no conflito que acontece no Iêmen – disseram ter enviado dez drones para atacar as instalações.
O grupo tem feito vários bombardeios fronteiriços com mísseis e drones contra bases aéreas sauditas e outras instalações sauditas, porque a Arábia Saudita desde 2015 lidera uma coalização internacional que apoia o governo do Iêmen contra os houthis.
Os Estados Unidos insinuam que o Irã esteja por trás do ataque e o presidente Donald Trump já afirmou estar disposto promover uma resposta militar ao ataque.
A Arábia Saudita afirmou que as armas usadas no ataque contra a petroleira foram fabricadas no Irã. Especialistas americanos e sauditas estão empenhados em tentar descobrir quem foi o responsável pelo bombardeio.
Nesta quarta, o governo saudita declarou que vai participar da coalizão internacional para proteger o transporte comercial no estreito de Ormuz, que é um local estratégico para a passagem de petróleo.