O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) tenta recuperar para os cofres públicos um valor inimaginável e, com certeza, inatingível: mais de R$ 3,8 trilhões em recursos que foram pagos indevidamente a brasileiros após a “cessação do benefício”.
De 1995 a 2016, de acordo com documento obtido pela Coluna, mais de 7 milhões de pessoas receberam recursos indevidos da Previdência. A ideia é recorrer à Advocacia Geral da União para cobrar as ações mais vultosas.
Cerca de R$ 6,7 bilhões foram pagos para beneficiários já falecidos. O INSS aponta outros casos de pagamentos ilegais, como a manutenção de auxílio-doença para pessoas que retornaram ao trabalho.
O estudo do INSS aponta a falha no próprio sistema operacional da entidade: há “lapso” de até 40 dias entre registro do óbito e efetiva comunicação ao Instituto, “tornando inviável o bloqueio do crédito enviado à rede bancária”.
O INSS classifica mais de R$ 1 trilhão como difícil de recuperar: “débitos prescritos, não identificação do recebedor e sobrestamento/cancelamento por decisão judicial”.
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