Em uma reunião com o trade turístico de Chapada dos Guimarães foram estabelecidos os critérios para priorização das ações de incremento do turismo no município, analisando quais os atrativos com maior número de visitantes, de maior viabilidade econômica, de fácil licenciamento ambiental e desapropriação.
Os membros do trade definiram que as primeiras obras a serem realizadas serão de infra-estrutura para o Véu Noiva, Mirante e o Portão do Inferno, sendo que o projeto do Portão do Inferno deverá ser apresentado em breve ao Ibama para prováveis readequações. “Recuperação da sede, asfalto, além de outras necessidades básicas serão pontos cruciais nas obras”, afirmou o secretário de Turismo de Chapada, Daniel Pellegrim.
Ficou definida também a pavimentação da entrada do Parque e da estrada que vai para Manso via Água Fria. As obras deverão ser executadas ainda este ano. “São diversas as necessidades para alavancar o turismo em Chapada, gerando um custo muito alto, mas temos que começar de alguma forma. Vamos priorizar custo e benefício dentre os diversos projetos que cada segmento tem”, informou o prefeito de Chapada dos Guimarães, Gilberto Mello (PR).
De acordo com o secretário de turismo do Estado, Pedro Nadaf, as ações para o turismo no município deverão custar um total de R$ 50 milhões, valor que pode limitar o número de obras. “Temos que atender demandas dos outros 140 municípios. Para conseguir fazer tudo que é necessário, vamos precisar da iniciativa privada”, ponderou Nadaf.
Na reunião, o trade cuiabano apresentou dois projetos, sendo um de infra-estrutura do Portão do Inferno e outro da instalação de teleféricos pela Chapada. A Prefeitura de Chapada apresentou os projetos referentes à política pública denominada “Caminhos de Guimarães” ou “Rota 55”, que prevê infra-estrutura para o Parque Nacional, como a estruturação da Mata Fria, da Sede do Parque, da Cidade de Pedra e Paredão do Eco, da Casa de Pedra e Morro de São Jerônimo.
Também foram apresentados os projetos para a Aldeia Velha e Centro Histórico, como a readequação da entrada da cidade, construção das Ocas Artesanais na Aldeia. Reformas da Alameda do Artesanato no centro, Museu Casa de Guimarães, Palco do Festival, Piscina Pública, Mercado Municipal.
Outros projetos serão estudados para a aplicação em Chapada, como o “além do Parque e da Cidade”, que é um Complexo Turístico do Buriti, com pousada, museu e Orfanato, Complexo do Atmã, com trilhas, observatório e plataformas avançadas, Complexo Turístico do Mirante, abrigando o Centro Cultural Coluna Prestes e monumentos. Calçamento de trilhas ecológicas e ciclovias, além de um ônibus com a denominação de “Jardineira de Guimarães” para ligar os atrativos. “Vamos lutar também pela instalação da UFMT em Chapada dos Guimarães, com um campus voltado para o Turismo”, completou Mello.
TRABALHOS – Os projetos de Chapada surgiram de planejamentos com inventários e diagnósticos realizados nos últimos 30 anos, a exemplo do Plano Diretor para o Turismo feito pelo arquiteto Lúcio Costa, em 1977. Outros foram apresentados no Fórum DELIS, em 2001, pelo SEBRAE e parceiros, além do inventário turístico de 2003.
“A comunidade turística espera que as ações sejam desenvolvidas passo a passo, de forma pragmática e eficaz, assim como age a atual gestão pública em Mato Grosso. Esperamos um real resultado da implantação de uma política pública de desenvolvimento do turismo em Chapada dos Guimarães”, afirmou Pellegrim.
Reuniram-se na Secretaria de Turismo de Chapada dos Guimarães, representantes do trade turístico de Chapada dos Guimarães e de Cuiabá, Ibama, Secretaria de Estado de Turismo e da Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães.
OT
