A inflação verificada entre as famílias de baixa renda desacelerou em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da oscilação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos, teve deflação de 0,31% no mês passado, após alta de 0,56% em maio. Esse é o menor resultado desde agosto de 2010, quando o indicador teve deflação de 0,44%.
Com o desempenho verificado em junho, o indicador acumula alta de 3,65% no ano e 6,16% nos últimos 12 meses.
Em junho, o IPC-BR registrou variação de -0,18%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 6,40%, nível acima do registrado pelo IPC-C1, conforme ilustra a tabela a seguir.
Cinco das sete classes de despesas componentes do índice apresentaram decréscimos em suas taxas de variação: alimentação (0,08% para -1,20%), transportes (1,02% para 0,19%), habitação (1,15% para 0,32%), saúde e cuidados pessoais (0,56% para 0,35%) e despesas diversas (0,24% para 0,11%). Contribuíram para estes movimentos os itens: hortaliças e legumes (2,44% para -4,00%), tarifa de ônibus urbano (1,11% para 0,26%), tarifa de eletricidade residencial (2,67% para -0,06%), medicamentos em geral (1,01% para -0,26%) e cigarro (0,25% para 0,00%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos educação, leitura e recreação (-0,07% para 0,39%) e vestuário (0,72% para 0,77%) apresentaram acréscimos em suas taxas de variação. As influências partiram dos itens: show musical (-3,91% para 5,48%) e calçados (0,07% para 0,15%), nesta ordem.
Ilton Caldeira, iG São Paulo