A inflação medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), recuou em fevereiro e ficou em 0,41%, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (14). Em janeiro, a taxa foi de 1,28%.
A inflação nos últimos 12 meses é de 6,26%. Em 2011, a inflação acumula uma alta de 1,70%.
Os grupos que mais colaboraram com a inflação em fevereiro foram transporte (0,76%), alimentação (0,39%), despesas pessoais (2,50%) e habitação (0,18%). Juntos, esses grupos contribuíram com 0,36 ponto percentual no cálculo do ICV deste mês.
O aumento no Transporte (0,76%) se deu tanto no individual (0,69%) quanto no coletivo (0,90%). No individual, a alta ocorreu nos combustíveis (1,28%), notadamente no álcool (4,40%). No coletivo, o aumento se deu no metrô (2,76%), ônibus intermunicipais (2,96%), trens de subúrbios (4,72%) e táxis (8,29%). Cabe salientar que estas altas se deram principalmente a partir da segunda quinzena de fevereiro, devendo ainda agravar a taxa de março.
As taxas dos subgrupos da Alimentação (0,39%) foram: produtos in natura e semielaborados (-0,01%), produtos da indústria alimentícia (0,28%) e alimentação fora do domicílio (1,45%).
Apesar da taxa dos produtos in natura e semielaborados ser próxima a zero, a desagregação desse subgrupo pelos seus itens e produtos revela comportamentos distintos. O item Legumes (15,00%) teve alta generalizada em seus produtos, sendo bem acentuada no tomate (26,50%), pepino (10,15%) e vagem (10,08%); já no de Hortaliças (11,16%) apresentou reajustes marcantes e semelhantes em todos os seus produtos, notadamente na escarola (14,71%), repolho (13,56%) e alface (12,19%), estes são resultado das fortes chuvas ocorridas neste período; quanto a Raízes e tubérculos (2,83%), foi registrada forte alta na cenoura (16,11%) e beterraba (11,42%).
No item Frutas (2,50%), verificou-se reajuste acentuado no pêssego (16,37%), manga (15,06%), abacaxi (12,15%) e laranja (7,62%), o que contrasta com quedas marcantes no abacate (-20,31%), limão (-9,29%), pêra (-5,53%), maçã (-5,50%) e mamão (-4,50%).
No item Grãos (-3,79%) houve queda tanto no feijão (-6,18%) como no arroz (-3,26%) e no de Carnes (-2,99%) foi observado comportamento deflacionário, sendo mais acentuado na bovina (-3,04%) frente à suína (-2,06%).
Fonte:
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos