quinta-feira, 21/11/2024
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Inep rescinde contrato com consórcio responsável pelo Enem

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, confirmou na noite desta segunda-feira que Cespe e Cesgranrio estão com negociações adiantadas para organizar e promover a nova prova do Exame Nacional do ensino Médio (Enem). Reunido com o consórcio Connasel, que detinha os direitos de aplicação da prova do ensino médio, Fernandes afirmou que o governo decidiu rescindir com a empresa após a confirmação do vazamento antecipado de exercícios.

De acordo com o dirigente do Inep, o governo ainda irá avaliar se processa ou não o Connasel pelas falhas de segurança que permitiram o roubo de questões. A decisão de ingressar ou não com um processo judicial, e com um possível pedido de ressarcimento de cerca de R$ 30 milhões pagos pela impressão da prova fraudada – o contrato era no valor de R$ 140 milhões -, será tomada após conclusão do inquérito conduzido pela Polícia Federal.

Outras instituições de promoção de concursos, como a Fundação Carlos Chagas e Cespe, já estão sendo contactadas para possivelmente aplicar a nova prova do Enem.

O exame de Ensino Médio, que seria realizado sábado e domingo passados, foi cancelado após suspeitas de vazamento de questões. Ao todo, 4,1 milhões de estudantes se inscreveram para o Enem deste ano em 1.829 municípios.

As suspeitas de fraude ocorreram após um homem ter telefonado para o jornal O Estado de S. Paulo informando que tinha em mãos duas das provas que seriam aplicadas no sábado pelo Ministério da Educação. Nas provas do exame de ensino médio havia questões com o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, uma tirinha da personagem argentina Mafalda e um exercício sobre índices de desmatamento na Amazônia. A Polícia Federal, que instaurou inquérito para apurar o caso, já indiciou duas pessoas.

Na última semana, a professora Itana Marques, representante do Connasel, afirmou não ter havido “fragilidade” na segurança dos exercícios. Por ser alvo de investigação da Polícia Federal, a professora evitou dar detalhes de que requisitos de logística seriam aprimorados ou alterados para garantir a segurança das futuras provas.

Créditos: terra.com.br/Larissa Borges

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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