O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, indicador oficial utilizado pelo governo federal no controle de sua política de metas de inflação) registrou durante o ano de 2006 elevação média de preços de 3,14%, o menor resultado desde 1998 (quando a inflação havia ficado em 1,65%).
A variação é 2,55 pontos percentuais inferior à inflação anotada em 2005, quando chegou a 5,69%. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro passado, o índice de inflação teve alta de 0,48%, acima do patamar de novembro, quando o indicador havia apurado elevação de 0,31%. No último mês de 2005, o IPCA teve alta de 0,36%.
“As principais causas da alta (de dezembro) tiveram origem na região metropolitana de São Paulo, cujo índice passou de 0,26% para 0,92% de novembro para dezembro, com o grupo transportes exercendo a maior pressão”, explica o IBGE em nota.
O preços dos transportes avançaram 2,91% em São Paulo, refletindo um aumento nas tarifas de ônibus urbanos e intermunicipais, além do reajuste na tarifa de táxi e a elevação do bilhete de trem e metrô.
Meta de inflação
A meta de inflação fixada pelo governo para o ano era de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Assim, apesar de o IPCA ter ficado 1,36 ponto percentual aquém do centro da meta, o resultado enquadra-se na variação máxima de 2 pontos percentuais para baixo.
A mediana das expectativas de operadores do mercado financeiro, captada pela mais recente pesquisa Focus do Banco Central (BC), era de um IPCA de 3,11% em 2006 e de 0,45% no mês de dezembro.
O IPCA é calculado com base na variação de preços de produtos comumente consumidos por famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos nas nove maiores regiões metropolitanas do país.
(Com informações do Valor Online e da Reuters)