Esta pode ser a ultima campanha de vacinação contra a doença em Mato Grosso, caso consiga novo status sanitário
Começa nesta terça-feira (1º.11) a segunda fase da campanha de vacinação contra febre aftosa, que segue até 30 de novembro. Todo o rebanho de bovino e bubalino, de mamando a caducando, deve ser vacinado, exceto nos municípios que já são zona livre de febre aftosa sem vacinação, como Aripuanã, Comodoro, Colniza, Juína e Rondolândia, todos na região Noroeste do Estado.
Conforme estimativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), é esperado que 33 milhões de bovinos e bubalinos sejam vacinados nesta etapa.
O coordenador de Defesa Sanitária Animal, Felipe Peixoto, ressalta que os produtores rurais devem comunicar o Indea a conclusão da vacinação do rebanho, ou o estoque de rebanho, no caso de produtores de zonas sem vacinação.
“A comunicação pode ser presencial nas unidades do Indea no interior e pelo Módulo do Produtor, sistema online da autarquia. O prazo é até 10 de dezembro. Já no caso dos municípios que já são zona livre de febre aftosa sem vacinação, os produtores rurais devem comunicar o estoque do rebanho até 30 de novembro”, observou.
Vacinação suspensa
A campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2022 pode ser a última em Mato Grosso e outros estados. A suspensão faz parte do Plano Estratégico da Febre Aftosa (PNEFA) criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), junto as instituições interessadas, para ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país. Mato Grosso está livre da doença desde 1996.
A presidente do Indea, Emanuele Almeida, ressaltou que a autarquia cumpriu integralmente os apontamentos determinados pelo Mapa e, assim, conseguiu evoluir o status sanitário de Mato Grosso. Segundo ela, a mudança será benéfica para os produtores mato-grossenses.
“Com o fim da vacinação, além da redução do custo com a aquisição da vacina, haverá a valorização da carne mato-grossense, além da abertura de novos mercados com o avanço para o melhor nível sanitário existente, como o mercado europeu, a Coreia do Sul e o Japão”, destacou.