domingo, 22/12/2024
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Incêndios no Havaí: número de mortos chega a 99 e autoridades temem encontrar de 10 a 20 corpos por dia

Apenas 25% da área afetada foi rastreada até o momento; das pessoas que morreram, apenas três vítimas fatais foram reconhecidas, informou a polícia local

O balanço de mortos no incêndio no Havaí, o mais letal ocorrido nos Estados Unidos em mais de um século, subiu para 99, mas o número pode “dobrar” durante a semana, alertaram as autoridades, que estão sendo muito criticadas por sua gestão, e temem encontrar de 10 a 20 pessoas por dia até encerrarem seu trabalho. O balanço desta terça-feira, 15, aumenta à medida que as equipes de emergência, com o auxílio de cães farejadores, avançam nos trabalhos de busca entre casas e veículos incendiados. Apenas 25% da área afetada foi rastreada até o momento, informaram as autoridades na segunda-feira à noite. Em Lahaina, uma cidade costeira de 12 mil habitantes na ilha de Maui, as chamas foram tão intensas que derreteram o metal. Os corpos recuperados são difíceis de identificar, explicou o chefe de polícia local, John Pelletier. Este é o incêndio mais letal nos Estados Unidos desde 1918, quando 453 pessoas faleceram em Minnesota e no Wisconsin, segundo a Associação Nacional de Proteção contra Incêndios, um grupo de pesquisas sem fins lucrativos.

Até o momento, apenas três corpos foram reconhecidos “por suas impressões digitais”, acrescentou o policial, que pediu aos parentes das pessoas desaparecidas que sejam submetidas a exames de DNA. As autoridades pretendem limitar o acesso a Lahaina durante todas as operações de busca, por precaução ante possíveis produtos químicos, e por respeito às vítimas. O governo local registra 1.300 desaparecidos. O número diminui à medida que as comunicações são restabelecidas de forma progressiva na ilha de Maui e os habitantes conseguem entrar em contato com suas famílias. Os vários incêndios declarados na semana passada, atiçados pelos fortes ventos e a seca na ilha, continuam ativos, apesar dos esforços dos bombeiros para controlar as chamas. Durante os incêndios, os alertas oficiais na televisão, rádio e telefones celulares foram inúteis porque muitos moradores estavam sem energia elétrica ou conexão com a internet.

As sirenes de alarme não funcionaram. Questionada sobre a razão pela qual as sirenes da ilha não foram acionadas, a senadora pelo estado do Havaí, Mazie Hirono, respondeu no domingo que aguardaria os resultados da investigação anunciada pela procuradora-geral do estado, Anne Lopez. As autoridades, no entanto, não parecem preocupadas com a tempestade tropical que deve atravessar o sul do arquipélago na madrugada de quarta-feira, 16, para quinta-feira, 17. “Praticamente não terá nenhum impacto”, afirmou o serviço meteorológico americano. As chamas atingiram ou destruíram mais de 2.200 estruturas em Lahaina. Oficialmente, o prejuízo é calculado em 5,5 bilhões de dólares (26,9 bilhões de reais), sem contar as milhares de pessoas que perderam suas casas. As circunstâncias dos incêndios repentinos da última semana ainda não foram determinadas. E o ressentimento da população contra as autoridades não para de aumentar.

JovemPan

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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