Batizado em homenagem ao presidente-fundador do TCE-MT, juiz Rosário Congro
Fotografias, móveis e um considerável acervo documental ajudam a contar a trajetória de sete décadas do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Os objetos passaram por um processo de curadoria e estão expostos no Memorial Rosário Congro, na Escola Superior de Contas Benedicto Sant’Ana da Silva Freire.
Ao investir em valorização e infraestrutura, o presidente da Corte de Contas, conselheiro José Carlos Novelli, garantiu a reforma de todo o prédio neste ano, o que resultou na reinauguração do espaço histórico e na revitalização da Biblioteca Poeta Silva Freire, ambos abertos ao público.
Não à toa, Novelli foi o primeiro a assinar o livro de visitantes do Memorial, no dia 31 de outubro, aniversário de 70 anos do Tribunal. Na data, logo após anunciar os resultados alcançados no biênio 2022/2023, ele e os demais conselheiros conheceram o local.
“Aqui temos informações importantes sobre o TCE e sobre o nosso próprio estado. Esses registros nos lembram a relevância da nossa instituição, ao mesmo tempo em que nos incentivam a fazê-la seguir em frente sendo um farol para o setor público e dando cada dia mais orgulho para o nosso povo”, afirmou.
Batizado em homenagem ao presidente-fundador do TCE-MT, juiz Rosário Congro, o Memorial foi criado por ocasião do Jubileu de Ouro, em 2003, na gestão do conselheiro Gonçalo Pedroso Branco de Barros (2003/2004), com o objetivo de salvaguardar peças reunidas desde a criação do órgão, em 1953.
Em 2017, a Corte de Contas constituiu Comissão para gerir estes bens históricos e, em 2023, o grupo foi atualizado, estando agora sob coordenação da Escola Superior de Contas. O armário no qual eram guardados os processos no ano da fundação e o brasão de madeira que por anos adornou o Plenário estão entre os objetos expostos.
Este acervo foi fundamental para a historiadora, jornalista e escritora Neila Barreto, que em outubro lançou o livro TCE 70. Ao longo de meses de trabalho ela levantou informações sobre a criação e atribuições do órgão, bem como seu posicionamento perante os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ao longo das décadas.
“O descobrimento da história de Rosário Congro no TCE-MT foi, ao mesmo tempo, bonito e especial, porque, na época, pouquíssimos servidores sabiam da sua existência. Ao reler as atas, descobriu-se, em três ou quatro linhas, a sua passagem pelo TCE-MT”, conta a autora em trecho da obra.
Advogado, poeta e jornalista, Congro exerceu diversos cargos públicos, além de ter sido vereador e deputado estadual antes da nomeação como “juiz de contas”. “Apesar de ter passado pela instituição por um curto período, em função da sua idade (quase 70 anos), foi importante tanto para o Tribunal quanto para Mato Grosso”, diz Neila.