A Comissão Processante do Impeachment concluiu nesta quarta-feira (3) a sessão de discussão do relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que deu voto favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff por crime de responsabilidade.
O advogado de acusação, João Correia Serra, elogiou o parecer de Anastasia e ressaltou o
“Não há como imaginar, sendo a presidente Dilma centralizadora e autoritária, como
O advogado da defesa, José Eduardo Cardozo, por sua
“Diante das provas dos autos, de tudo aquilo que foi provado pela perícia, pelas testemunhas, pelos documentos, eu tinha uma expectativa: conseguiria o senador Anastasia se
Questão de ordem
Uma das principais defensoras da presidenta afastada na comissão, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), voltou a apresentar questão de ordem na reunião de hoje. Ela pediu que fosse retirado do parecer de Anastasia o trecho que fazia menção ao depoimento de uma testemunha que acabou dispensada por problema de saúde.
“Não é justo com a testemunha pegar isso, uma testemunha que veio doente, que mal iniciou uma resposta e foi interrompida pelo advogado da defesa, que pediu a dispensa porque a testemunha não conseguiu sequer falar, na conclusão do único raciocínio que iniciava. Usar essa fala? Transcrever? Eu também não posso respeitar esse relatório, eu não posso”, disse a senadora.
No entanto, a questão foi negada pelo presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que alegou que, no episódio, a testemunha não foi acometida por doença que comprometesse o pleno exercício de suas “faculdades mentais” ou sua capacidade de raciocínio. “O início de seu depoimento, portanto, compõe o acervo probatório dos autos, podendo ser considerado para todos os efeitos. Ademais, a mesma testemunha foi novamente inquirida em 20/06, dando continuidade ao seu depoimento completo”, afirmou o presidente, ao indeferir a questão.
A votação do relatório de Anastasia ocorrerá amanhã (4), a partir das 9h. Cada senador terá apenas 2 minutos para encaminhar o voto, que poderá ser pelo parecer do relator ou pelo voto em separado, apresentado pelos apoiadores de Dilma, no qual eles afirmam a inocência dela.
Agencia Brasil-JB