Processo enfrenta resistência de Rodrigo Pacheco, que não quer abrir o procedimento
O pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, protocolado ontem, está movimentando a oposição no Senado, que vê a iniciativa como uma tentativa de pacificar o país. No entanto, senadores reconhecem que será difícil convencer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a dar seguimento ao processo, já que ele pretende voltar à advocacia após deixar a política, com foco nos tribunais superiores.
O futuro de Moraes no STF também é um ponto de preocupação para os opositores. Com a saída de Edson Fachin em 2027, Moraes deverá assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal, o que eleva ainda mais as discussões sobre a importância do impeachment como forma de conter seus poderes.
Caso Pacheco, ou mesmo seu possível sucessor, Davi Alcolumbre, não autorizem o andamento do processo, a oposição já prepara um plano de longo prazo: eleger uma maioria conservadora no Senado nas próximas eleições, em 2026, que possa pressionar pela abertura do impeachment.
Pela legislação, se o processo for aberto, o próprio chefe do STF teria que presidir a sessão no Senado, o que os opositores querem evitar a qualquer custo. A janela para uma possível aprovação do impeachment seria o curto período entre a posse dos novos senadores e a entrada de Moraes na presidência do tribunal.
Para os senadores de oposição, o pedido de impeachment tem o objetivo de frear a crescente influência de Alexandre de Moraes e garantir maior equilíbrio no Judiciário.
Com informação do Diário do Poder.