quinta-feira, 21/11/2024
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ICV registra deflação de 0,14% em SP em julho

O grupo Alimentação, por exemplo, que caiu por cinco meses seguidos, teve seus preços aumentados em 0,13% em julho. As principais pressões vieram dos alimentos in natura e semi-elaborados, com alta de 0,39% e alimentação fora de casa, com 0,27%. A indústria da alimentação registrou deflação de 0,19%.

Os preços das carnes caíram 1,06%, com os cortes bovinos ficando 1,07% mais baratos e os suínos, 1% mais baixos. As aves ficaram 1,94% mais baratas e os ovos com ligeira baixa de 0,01%. Segundo o Dieese, no caso dos produtos alimentícios industrializados, o ICV registrou uma queda de 0,19%. Neste segmento, o destaque ficou por conta do café em pó (2,66%). Para a alimentação fora do domicilio (0,27%) registrou-se altas de 0,27% no preço da refeição e de 0,28% nos lanches.

Os gastos com saúde ficaram praticamente estáveis, com uma ligeira alta de 0,02%. Isso porque as despesas assistência médica também permaneceram estáveis (-0,01%) e os preços dos medicamentos subiram apenas 0,02%. Devido à baixa dos preços dos combustíveis (-0,69%) e alta do transporte coletivo (0,72%) o grupo apresentou queda de 0,05%.

Outro grupo que confirma a tese de que os preços atravessaram julho estáveis é o de Despesas Pessoais (-0,07%). Os preços de equipamentos domésticos caíram 0,18% e as contribuições para o ICV foram de 0,00% e -0,01%, respectivamente. Os preços dos calçados fecharam o mês passado 0,09% mais baratos e os das roupas caíram 0,61%. Com isso, o grupo Vestuário mostrou uma queda de 0,52%.

O grupo Habitação foi o que apresentou a maior taxa negativa (-0,58%). Sua contribuição para o índice pleno foi de -0,14 ponto porcentual. As despesas com operação do domicílio caíram 0,75% e refletiram a redução nas tarifas de eletricidade (-2,25%) e telefonia (-0,17%). O subgrupo locação, impostos e condomínio (-0,65%) apresentou diminuição no valor dos aluguéis (-1,41%). Devido ao aumento de 3,97% nos preços dos materiais elétricos, as despesas com conservação do domicílio (0,27%).

Inflação acumulada

Com a deflação de 0,14% registrada em julho na cidade de São Paulo, o ICV-Dieese passou a acumular nos primeiros sete meses do ano uma inflação de 0,59%. Para o período de 12 meses, o mesmo indicador registra uma elevação de 2,47%.

De acordo com a economista e coordenadora do ICV-Dieese, Cornélia Nogueira Porto, apesar da taxa anual ser baixa, o comportamento dos preços por grupo e subgrupo do ICV não apresentou variação homogênea. Segundo ela, para a taxa anual de 2,47%, as variações por grupo situam-se de 7,78%, para Transportes, a -3,38% para Equipamentos Domésticos.

A alta do grupo Transportes (7,78%) deveu-se ao aumento do transporte individual (11,25%) dado que o coletivo (-0,87%) apresentou pequena variação negativa. No individual, afirma a coordenadora do índice, chamam a atenção os aumentos dos combustíveis (16,36%), seguro obrigatório (36,69%) e IPVA (10,03%).

Os demais grupos encerraram o período de 12 meses até julho com as seguintes variações: Educação (5,79%), Saúde (5,18%), Equipamentos Domésticos (-3,88%), Vestuário (-2,53%) e Alimentação (-1,17%).

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Parmenas Alt
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