Uma pequena parte das cidades brasileiras desenvolvia, no ano passado, um plano de segurança alimentar e nutricional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 5.565 municípios do País, 986 – o equivalente a 17,7% – apresentavam tal instrumento. Nas cidades mais populosas, foi verificada maior ocorrência de prefeituras que traçavam algum planejamento sobre o tema. Em 50% dos municípios cuja população ultrapassa os 500 mil habitantes, foi constatada a existência de um plano voltado para a segurança alimentar.
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Entre as regiões, essa característica foi notada em 19% das cidades do Sudeste; no Norte e no Nordeste, esse plano existia em 18,3% dos municípios; no Centro-Oeste, essa proporção era de 16,1%, e no Sul, ficava em 15,5%.
Entre as ações contempladas nesses planos, a alimentação escolar constava em 857 deles; a aquisição de alimentos de agricultura familiar constava em 722 cidades, e ações de educação alimentar e nutricional eram observadas em 652 municípios.
Todas essas informações estão incluídas no Perfil dos Municípios Brasileiros (Munic 2012), publicação do IBGE divulgada nesta quarta-feira. Nela, consta ainda que apenas 16,4% das prefeituras reservaram recursos orçamentários para o financiamento de políticas de segurança alimentar e nutricional.
De todos os municípios do País, 39,3% tinham alguma estrutura organizacional para tratar de questões ligadas à política de segurança alimentar e nutricional. No Nordeste, 46,2% das cidades tinha algum mecanismo oficial voltado para a questão, bem acima das demais regiões, como o Sul (37,7%), Norte (37,6%), Sudeste (36,7%) e Centro-Oeste (27,7%).