A soltura de um homicida que matou o amigo João Mayer, em setembro de 2018, em Alta Floresta (803 km ao norte da Capital), foi mantida mesmo após ele ter previsão de alta e ter sido curado da covid-19. A doença foi o motivo de ele ter sido solto, por precisar de tratamento médico.
A.F.M., 45, foi preso após confessar o assassinato de João Meyer por causa de uma dívida de R$ 18 mil da qual foi avalista da vítima. João foi morto com um golpe na cabeça e depois esfaqueado no pescoço a abdômen.
O Ministério Público do Estado (MPE) pediu que ele retornasse ao presídio, por causa da “iminência de receber alta médica e do isolamento por se recuperar da covid-19”. O caso foi julgado pela Primeira Câmara Criminal, que negou o recurso do MPE por unanimidade.
Para o relator do processo, o desembargador Orlando Perri, “não ficando concretamente demonstrado risco de dano irreparável ou de difícil reparação se mantida a decisão hostilizada até o julgamento do mérito recursal, não há de falar em concessão da medida para atribuir efeito ativo ao recurso interposto, com o imediato restabelecimento da prisão preventiva”.
O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Marcos Machado e Paulo da Cunha, mantendo assim, o suspeito em tratamento domiciliar e suspendendo a prisão preventiva.
Com Gazeta Digital