O desempregado M.L.S., de 18 anos, demonstrando estar visivelmente drogado, invadiu uma casa na madrugada de ontem, no bairro Ouro Verde, em Várzea Grande, onde estuprou uma mulher de 28 anos. Ameaçando estrangulá-la, ele a violentou sexualmente e, em seguida, não resistiu ao sono e acabou dormindo na cama da vítima.
A mulher, ao perceber que o agressor dormia a sono solto, deslocou-se até a casa de uma vizinha e pediu-lhe ajuda, que por sua vez acionou a Polícia Militar.
Ao atenderem o chamado, policiais militares do 4o Batalhão efetuaram a prisão do acusado, que se encontrava ainda nu, dormindo despreocupadamente na casa da vítima. A prisão ocorreu por volta das 2 horas.
De acordo com o relato da mulher, ao reagir ao estupro, acabou sofrendo lesões na cabeça. Ela explicou que o criminoso apresentava sintoma de estar sob efeito de drogas quando começou a espancá-la. As pancadas foram tantas que os olhos da mulher ficaram roxos.
Conforme informou a vítima, ela dormia em seu quarto, quando, por volta das 2 horas, escutou um barulho na cozinha. “Não tive tempo nem de me levantar, para ver o que estava acontecendo. Só vi que um homem pulou em cima de mim e queria me estuprar”, relatou.
Ela disse que tentou resistir, mas foi espancada. Como ele estava muito agitado, acabou lesionando-a principalmente no rosto. A vítima disse não conhecer o rapaz. Explicou que a porta dos fundos está com a fechadura arrombada. Por isso, estava apenas encostada, o que facilitou a invasão do criminoso.
Ao checar mobília e eletrodomésticos da casa, a mulher percebeu que faltava um aparelho de TV que estava na sala. Embora os policiais suspeitem que o desempregado pudesse estar acompanhado de algum cúmplice, a delegada plantonista, Cláudia Lisita, acredita que o criminoso pode ter roubado o televisor e o tenha deixado do lado do fora.
“É possível que o pertence da vítima tenha sido deixado do lado de fora da casa. A mulher ainda não checou nas proximidades da casa”, informou a delegada. No entendimento de policiais plantonistas, o desempregado iria trocar o produto furtado por drogas.
Ao ser interrogado, o desempregado disse não se lembrar do que tinha ocorrido. Explicou que acordou pelado, numa cama que não é a cama da casa dele. “O uso de droga provoca isso. O viciado nem sempre lembra o crime que cometeu. Isso envolve vários crimes”, observou um policial plantonista.
Autuado em flagrante por estupro, M.L. será encaminhado para uma unidade prisional da Capital. Por se tratar de violência sexual, deverá ficar isolado para não ser espancado por outros presos.
O crime de estupro é considerado hediondo e prevê uma pena de seis a 10 anos sendo que dois terços terão que ser cumpridos em regime fechado.
DC