O trabalhador braçal José Felisbino Dias, de 62 anos, foi preso em flagrante após assassinar a amásia Marinalva Augusta Conceição, de 31, com uma facada no tórax. O crime passional – envolvido em paixão – ocorreu anteontem, por volta das 20 horas, numa casa do bairro Pedra 90, em Cuiabá. Após o crime, o braçal ainda saiu com a idéia de pedir socorro, mas ao retornar, acabou preso por policiais militares.
Na Delegacia, o braçal disse que estava embriagado e não se lembrava do ocorrido. Explicou que havia brigado com a amásia e agiu daquela forma para se defender, embora tenha se arrependido do crime.
“Ela tinha me agredido alguns dias antes. Até um golpe de facão, ela acertou no meu braço. Então, não me lembro. Só sei que saí para pedir socorro, fui até o asfalto. De lá, voltei. Houve ainda uma pessoa que me disse para fugir. Mas isso não, resolvi voltar”, relatou.
Os policiais vasculharam a casa em busca da faca usada no assassinato, mas não obtiveram êxito. Eles suspeitam que o braçal a tenha jogado em algum matagal próximo.
José Felisbino e Marinalva moravam juntos há 19 dias. Eles se conheceram no Pronto Socorro de Cuiabá (PSC), onde ambos estavam internados. Como vivia sozinho na casa, o braçal convidou a interna para viverem juntos.
“Mas desde que a gente começou a morar junto, foram várias brigas. Não tinha jeito. Com três dias, começamos a discutir”, relatou o braçal. Acrescentou que, no dia seguinte a primeira briga, Marinalva se armou com um facão e acertou um golpe na mão dele. “Ela (Marinalva) era forte, e por pouco, não torou (cortou) meu braço inteiro”, relembrou.
Horas antes do crime, o braçal entregou dinheiro à amásia que fez compra de mantimentos num mercadinho do bairro. Assim que retornou, eles começaram a brigar resultando no assassinato da mulher.
José Felismino disse na Delegacia que morava com a família em Rondonópolis, mas um dia se separou da esposa e a deixou com os cinco filhos. Veio para Cuiabá trabalhar e comprou a casa no bairro Pedra 90.
