Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga suposta quebra de decoro pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), chamada CPI do Paletó, vão decidir nesta quarta-feira (28) se chamam o gestor para prestar esclarecimentos a respeito do vídeo em que ele foi flagrado enchendo os bolsos com R$ 20 mil em propina para apoiar o ex-governador Silval Barbosa.
Emanuel vem defendendo que o dinheiro recebido na sala do ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa, quando deputado estadual, era referente a uma dívida do ex-governador com o Instituto Mark, de propriedade de Marco Polo Pinheiro, irmão de Emanuel.
No entanto, em depoimento na última sexta-feira (23), Silval afirmou que os valores repassados eram de acordo no valor de R$ 600 mil, em 12 parcelas, para que os deputados não atrapalhassem o andamento das obras do MT Integrado.
Os membros da CPI também vão analisar pedidos de convocação do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, e de todos os então deputados estaduais citados por Silval, no depoimento.
Um requerimento para afastar o relator da CPI, Adevair Cabral (PSDB), também deve ser analisado. Ele foi acusado de ter tentado obstruir as investigações ao supostamente esconder documento em que o convocado Valdecir Cardoso justificava ausência da oitiva.
Valdecir terá uma nova data definida para audiência, uma vez ter sido ele o responsável por instalar a câmera usada para gravar os deputados recebendo o dinheiro no gabinete de Silvio.
Para o presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB), as deliberações são mais um processo legal e necessário para o andamento dos trabalhos da CPI.
“A apuração dos fatos está sendo feita e precisamos de um melhor esclarecimento de determinados fatos que vieram à tona com essas três oitivas realizadas pela CPI. Por isso a necessidade de novos depoimentos”, disse.
Com RepórterMT