Servidores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de Mato Grosso
paralisam, nesta quinta-feira (24), as atividades pela segunda vez em menos de
dez dias. Trata-se de mais um indicativo ao governo que a categoria está insatisfeita com o recuo em relação ao cumprimento do acordo coletivo estabelecido no ano passado.
O objetivo é pressionar o governo para colocar em prática o reajuste firmado em 2008, além do Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCS). Eles estão se organizando para concluírem as negociações com o Executivo antes que inicie
o ano de 2010 e a pauta de reivindicações fique “emperrada” em meio aos acontecimentos.
A Conab de Cuiabá fica na rua Padre Gerônimo Botelho, no bairro Dom Aquino. A mobilização conta com apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Mato Grosso (Sindsep-MT) que junto Confederação dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal (Condsef) está reunindo os trabalhadores do Executivo para uma greve nacional.
*Sinal vermelho para acordos abre sinal verde para greve*
Os servidores da base da Condsef com a participação do Sindsep-MT votaram e aprovaram sinal verde para mobilização nacional unificada. Um indicativo de greve está apontado para o dia 10 de novembro. Duzentos e vinte e seis
servidores de diversas categorias se reuniram no sábado (19), na plenária nacional da Confederação, e decidiram as ações que serão tomadas para seguir lutando pelo cumprimento de acordos e compromissos firmados pelo governo.
Representantes de 25 estados e 27 entidades filiadas à Condsef mostraram que
os servidores estão decididos a lutar por suas reivindicações e direitos.
Seis delegados nomeados pelo Sindsep-MT estiveram em Brasília para votar em
nome dos trabalhadores do Estado.
Uma nova plenária nacional será realizada no final de outubro e pode definir
por uma paralisação por tempo indeterminado caso as negociações não avancem
e a situação de recuo imposta pelo governo permaneça.
Esta semana a Condsef entregou ao Ministério Público Federal o histórico do
processo de negociações com o governo e denunciou o não cumprimento de
diversos acordos firmados entre 2007 e 2009. A entidade fez um balanço das
cláusulas negociadas que permanecem em aberto.