A senadora Hillary Clinton endossará o rival Barack Obama no sábado, encerrando sua campanha de 17 meses pela Casa Branca, segundo afirmaram os assessores da ex-primeira-dama na quinta-feira, 4. Em carta, a pré-candidata apoiará Obama publicamente no sábado e prometerá trabalhar pela unidade partidária na disputa das eleições gerais contra o republicano John McCain.
“No sábado, estenderei minhas congratulações ao senador Obama e meu apoio à sua candidatura”, disse a senadora por Nova York em carta a simpatizantes divulgada na manhã de quinta-feira. “Eu disse durante toda a campanha que apoiaria enfaticamente o senador Obama se ele se tornasse o candidato do Partido Democrata, e pretendo cumprir essa promessa.”
Hillary confirmou que realizará um evento em Washington no sábado para agradecer a todos que apoiaram sua campanha. Originalmente o evento estava marcado para a sexta-feira, mas a data foi mudada para que mais eleitores participem. “Essa foi uma campanha dura e longa, mas como eu sempre disse, minhas diferenças com o senador Obama são pequenas comparadas com minhas divergências com o senador McCain e os republicanos”, disse ela na carta. “Falarei no sábado sobre como podemos juntos unir o partido em torno do senador Obama. O que está em jogo é muito e a tarefa a nossa frente é importante demais para fazermos de outra forma.”
Hillary ainda não decidiu suspender ou encerrar sua campanha, o que permite a ela manter o controle dos delegados conquistados na convenção, disseram assessores. Ela passou boa parte da quarta-feira conversando com simpatizantes, muitos dos quais pediram à senadora que suspendesse sua campanha agora que Obama conseguiu a indicação.
Obama parte com uma grande vantagem para a batalha contra o republicano John McCain: a guerra no Iraque é impopular, a economia vai mal, os americanos estão ansiosos por mudança e sua trajetória nas primárias bateu todos os recordes de participação popular e arrecadação de fundos. No entanto, antes de partir para o ataque contra McCain, Obama tem de superar mais um dilema: dar ou não dar a vice-presidência para Hillary – além de definir como atrair o eleitorado da senadora.