Formação armada islâmica afirmou em comunicado que lançou uma série de projéteis contra a base de Glilot, que garantiu pertencer à unidade de Inteligência Militar 8200
O grupo xiita libanês Hezbollah assumiu nesta terça-feira (1) a responsabilidade pelo lançamento de uma barragem de foguetes ‘Fadi-4’ contra uma base de inteligência de Israel e contra uma sede do Mossad nos arredores de Tel Aviv, em uma ação que pela primeira vez inclui este tipo de projéteis de longo alcance. A formação armada afirmou em comunicado que lançou uma barragem de foguetes contra a base de Glilot, que garantiu pertencer à unidade de Inteligência Militar 8200; e contra um quartel-general do Mossad localizado nos arredores de Tel Aviv, no centro de Israel.
As versões 1 e 2 dos foguetes do tipo Fadi, batizados em homenagem a um combatente do grupo morto por Israel em 1987, foram utilizados pelo Hezbollah em diversas ocasiões contra o norte do país vizinho no contexto dos confrontos iniciados após a eclosão da guerra na Faixa de Gaza. No entanto, esta é a primeira vez que o movimento armado e político utiliza os ‘Fadi-4’, que têm maior alcance e carga ainda mais explosiva que os modelos anteriores. Sirenes antiaéreas soaram em grandes áreas do centro de Israel, perto de Tel Aviv, após o lançamento da barragem de projéteis, enquanto o Exército israelense disse ter detectado vários foguetes disparados do Líbano, alguns dos quais foram interceptados.
Segundo o serviço de emergência israelense Magen David Adom (MDA), um homem na casa dos 50 anos foi ferido na cabeça pelo impacto de um estilhaço e está consciente, enquanto um motorista de 31 anos também sofreu ferimentos leves. O Hezbollah reivindicou horas atrás seus primeiros ataques desde que Israel anunciou na madrugada de hoje (1) o início de uma ofensiva terrestre contra o sul do Líbano. A operação terrestre ocorre após uma semana de intensos bombardeios contra o sul e o leste do Líbano, bem como os subúrbios ao sul de Beirute, os principais redutos do Hezbollah no Líbano. Em quase duas semanas, esta campanha militar israelense deixou mais de mil mortos e cerca de um milhão de deslocados em várias regiões do Líbano.
*Com informações da EFE-JovemPan
