domingo, 22/12/2024
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Henry recebe proposta de trabalho no semiaberto com salário de R$ 7,5 mil

O ex-deputado federal Pedro Henry, condenado no processo do mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, já recebeu quatro propostas de emprego para atuar durante o cumprimento da pena em Cuiabá, no regime semiaberto, segundo o advogado José Antônio Duarte Alvarez. Uma das propostas foi oficializada por um hospital privado da capital mato-grossense, onde Henry, que já exerceu a medicina antes da carreira política, atuaria na administração do corpo médico por um salário de R$ 7,5 mil mensais.

Até o momento, somente esta proposta de trabalho foi apresentada oficialmente à Justiça, inclusive com assinatura do presidente do hospital privado, segundo o advogado de Henry, que não detalhou as demais oportunidades de trabalho porque elas são ainda apenas verbais, por enquanto. Ele informou, porém, que o ex-parlamentar também deseja estudar, matriculando-se em algum curso profissionalizante ou superior.

Durante o cumprimento da pena em regime semiaberto, explicou Alvarez, Henry terá saída vetada aos sábados, domingos e feriados, podendo sair somente de segunda a sexta-feira às 6h com retorno à penitenciária até as 19h caso obtenha oportunidade de trabalho ou estudo.

Porém, as atividades do ex-deputado fora da prisão não serão liberadas automaticamente e ele deverá cumprir a pena em regime integral até que a Justiça o autorize a trabalhar ou estudar. Entretanto, ainda não há previsão para que a Vara de Execuções local se manifeste.

Caso Henry consiga a devida autorização, poderá diminuir um dia da pena a cada três dias de trabalho. O empregador deverá entregar relatórios periódicos à Justiça de modo a monitorar o ex-parlamentar, adiantou Alvarez. As regras do semiaberto determinam até oito horas de trabalho por dia e até quatro horas de estudo diárias. A defesa afirmou que pretende explorar ao máximo esse tempo.

Transferência

O advogado falou à imprensa logo após a transferência do ex-parlamentar na tarde desta sexta-feira (27) para o anexo da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá. Antes, ele estava na Penitenciária da Papuda, em Brasília, desde a ordem de prisão expedida com o fim do processo do mensalão, no qual foi condenado a sete anos e dois meses de prisão.

Pedro Henry (PP) depôs durante reunião extraordinária da Comissão da Saúde da AL nesta terça (3). (Foto: Renê Dióz/G1)Médico, ex-deputado foi convidado para trabalhar

num hospital privado. (Foto: Renê Dióz/G1)

A transferência para Mato Grosso, em vôo comercial e escoltado por policiais, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após pedido da defesa para que o condenado cumprisse a pena perto da família.

Alvarez informou que conversou com Henry a respeito dos detalhes do cumprimento da pena logo após a transferência.

O ex-deputado passou por exame de saúde no Instituto Médico Legal assim que chegou a Cuiabá e nada de grave foi constatado. Ele não faz uso diário de medicamento e se encontra bem, segundo o advogado. Henry deverá dividir uma cela de 20 metros quadrados com outros três presos. Ele foi acusado de receber dinheiro em troca de apoio político no Congresso ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Condenado pelo STF, antes de se entregar à Polícia Federal (PF) o então deputado mato-grossense pelo PP renunciou ao mandato, agora ocupado pelo empresário Roberto Dorner (PSD).

 

G1-mt

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Parmenas Alt
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