quinta-feira, 21/11/2024
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Hacker é preso após clonar muitos cheques

A Polícia Civil desarticulou um esquema de clonagem e adulteração de cheques praticado por dois rapazes que utilizavam programas de computador para executar a fraude. Até agora, duas pessoas foram presas – trata-se de o digitador Flávio Lucas de Pietro Maidara, de 22 anos, e seu cúmplice Armênius Sebastião Lemes, de 26. Com os dois, policiais da Delegacia do Complexo do Planalto apreenderam dois CPUs (memória do computador) onde constava um programa de impressão de folhas de cheques da Caixa Econômica Federal, além de 80 folhas, entre preenchidas e em branco.

Os policiais não descartam a hipótese de a dupla estar preparando a fabricação de dinheiro falso – na casa deles, no CPA III, setor 4, foi apreendida uma nota falsa de R$ 10. A prisão ocorreu anteontem à tarde, após cinco dias de investigação.

Segundo os policiais, havia cheques de cinco instituições bancárias diferentes – além da Caixa, eram do Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Sudameris. Os cheques seriam usados para os golpes. Para não haver sinais de rasura, os dados do cheque eram transferidos para outra folha e com o valor adulterado.

“Tivemos uma vítima que passou um cheque de R$ 81 numa compra e foi alterado para R$ 1.000. Esse é apenas um caso. É um prejuízo e tanto para o proprietário do cheque”, explicou o chefe de operações, policial civil Manoel Baiano.

Conforme as investigações, os cheques eram conseguidos em mercadinhos, ou factorings. O esquema lembra um velho golpe aplicado há mais de 10 anos, em que os falsários chegavam em casas lotéricas e trocavam cheques de alguém que pagava uma conta. Alegavam que o cheque era do tio e trocava-o por dinheiro. Em seguida, aumentava o valor e passava para frente.

Manoel Baiano acrescentou que os golpistas estavam fazendo compras com os cheques adulterados em postos de combustível e outros estabelecimentos que os aceitam de forma pré-datada. Diante da constatação, ele acredita que o golpe seja maior. Após o flagrante, os dois rapazes foram levados para uma unidade prisional da Grande Cuiabá.

DINHEIRO – Para policiais que trabalhavam no caso, não resta dúvida de que a nota de R$ 10 falsificada poderia ser uma amostra do próximo esquema dos falsários. Como se trata de uma nota digitalizada, fica próxima de uma nota verdadeira, mas falta a marca d’água. No escuro, no entanto, as muitas vítimas não perceberam o golpe.

“Ainda não sabemos se esse pessoal iria fabricar mais notas falsas. Para os golpistas, compensa nota de R$ 50 e talvez de R$ 20. Mas não seria de admirar que essa dupla iria construir uma máquina de fabricar dinheiro. O sonho de todo mundo”, brincou um policial.

No Carnaval, a polícia apreendeu nove cédulas de R$ 50 sendo cinco distribuídas na região do Planalto, próximo de onde os jovens fabricavam cheques. No evento religioso “Vinde e Vede”, a polícia apreendeu outras duas notas de R$ 50.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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