Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), da Polícia Civil (PJC), realiza na manhã desta segunda-feira (18) o monitoramento da existência de grupos criados no Estado com ameaças de ataques em escolas, como o “Massacre União e Força” de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá).
Responsável pela Gecat, o delegado Eduardo Botelho afirma que o caso de Cáceres já é acompanhado pela gerência. Aponta, no entanto, que haveriam vários outros espalhados no Estado. “A polícia tem que monitorar a existência destes grupos, pois não sabemos se existem para planejar um crime ou para propagar um trote”.
Botelho enfatiza que um crime só existe se entrar na fase de execução. Ou seja, o simples fato da formação destes grupos e comentários de ataques não são considerados crimes. Na chamada fase preparatória, o que a Polícia Civil pode fazer é encaixar os autores e participantes em ato de terrorismo.
O delegado afirma que ainda nesta segunda-feira a Gecat terá um levantamento do que foi criado em Mato Grosso e passará a acompanhar o que os integrantes estão fazendo.
Em Cáceres, os 18 integrantes do grupo “Massacre União e Força”, da escola estadual União e Força, começam a ser ouvidos hoje na Delegacia da Adolescência. Este grupo ameaça um ataque na unidade escolar cacerense, a exemplo do que ocorreu em Suzano (SP), na semana passada, e foi denunciado pela própria diretora da unidade e por pais de alunos na sexta-feira.
Em nota divulgada no final da tarde de ontem a escola “União e Força” afirmou que todas as atividades letivas permanecerão normais. Enfatizou que todas as providências possíveis foram tomadas para garantir a segurança de todos da unidade escolar. Hoje, às 17h, será realizada uma reunião na escola “para esclarecer quaisquer dúvidas sobre a notícia divulgada hoje”.