A disseminação do temido vírus diminuiu, destacou a FAO, mas continua seu avanço pelo mundo, com infecções registradas em 55 países, 10 a mais que em abril.
A organização, sediada em Roma, informou que os controles veterinários precisam ser reforçados, particularmente nos países em desenvolvimento, na tentativa de limitar a disseminação do H5N1 em aves domésticas.
“Não esperamos erradicar o vírus H5N1 em possíveis reservas de aves selvagens, mas podemos contê-lo e controlá-lo totalmente no setor avícola”, disse o diretor do departamento veterinário da FAO, Joseph Domenech.
Este “é o melhor seguro que temos de que não irá sofrer uma mutação para um vírus que possa ser facilmente transmissível entre pessoas”, continuou.
“Precisamos encontrar os pontos fracos no esforço global para conter o H5N1 e reforçá-los”, acrescentou.
“Isto significa criar serviços veterinários e laboratoriais nos países mais pobres do mundo, onde os serviços públicos são obstruídos por uma falta geral de recursos”, reforçou Domenech.
Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS), 239 pessoas foram infectadas com a virulenta cepa H5N1 do vírus desde 2003 e 140 morreram, a maioria em países da Ásia.
Mais de 220 milhões de aves morreram em decorrência do vírus ou tiveram que ser sacrificadas na tentativa de limitar a contaminação.
A FAO informou que a região do sul dos Bálcãs e do Cáucaso correm alto risco de infecção por serem as primeiras áreas de repouso de aves selvagens migratórias e porque controles sanitários e medidas de segurança na indústria avícola ainda são rudimentares.
A organização também reforçou a preocupação sobre a continuada disseminação do H5N1 em países da Ásia e disse que a Costa do Marfim e a Nigéria, na África, também estão combatendo o vírus.