domingo, 22/12/2024
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Guerra ao terror?

O Brasil tem um histórico pacífico e não está na rota do terror, mas é natural que a morte do cinegrafista Santiago Andrade e as ações violentas de alguns grupos despertem o sentimento de indignação. Os culpados pelos crimes devem ser julgados pela Justiça. Porém, não podemos confundir um crime comum com terrorismo.

Se o debate é sobre terrorismo, apenas o contexto político de outro país poderia ter motivado os parlamentares que defendem a urgência da aprovação da lei antiterrorismo no Brasil. Vivemos num país onde a democracia está em processo de consolidação e as manifestações populares contribuem para fazer o país avançar.

A legislação vigente prevê punição para todos os crimes e situações que constam no projeto. A proposta que está tramitando no Senado é desnecessária e pode ser utilizada para reprimir os movimentos sociais legítimos. Os grandes eventos mundiais, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, exigem do nosso país maior investimento nas forças de segurança pública e de defesa nacional para garantir segurança.

Este processo está em andamento e o governo federal está investindo. São quase R$ 2 bilhões de investimento no sistema de segurança e defesa, sendo R$ 113,4 milhões destinados para segurança cibernética; defesa química, biológica, radiológica e nuclear; e combate ao terrorismo.

O mais importante e urgente é evitar qualquer possibilidade de atentado contra o país, seja físico ou cibernético, e isto exige investimento em inteligência e nas Forças Armadas. É correto afirmar que o projeto de lei que tipifica o crime de terrorismo é falho e genérico, gerando confusão e possíveis violações dos direitos civis e humanos.

O debate sobre o aperfeiçoamento da legislação vigente é legítimo, mas o projeto que está tramitando e a forma que a matéria está sendo apresentada indica que o objetivo é criminalizar os movimentos sociais e gerar um clima de instabilidade política e social no país. Defender o Brasil contra possíveis casos de terrorismo não pode ser confundido com o cerceamento das liberdades individuais ou crimes de outra natureza em momentos onde a paz prevalece.

 

 

 

 

 

CONGRESSO EM FOCO

Por Manuela D Avila

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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