O homem morreu na quinta-feira, após o vírus H5N1 ter matado galinhas do seu quintal, na província de Uthai Thani, 220 km ao norte de Bangcoc. A província é a terceira a registrar surto da gripe desde que o vírus reapareceu em julho, após oito meses de ausência.
“Ele enterrou as galinhas sem nenhuma proteção, e foi por isso que ele pegou a gripe,” disse Thawat Suntrajarn, chefe do Departamento de Controle de Doenças, sobre a 16a vítima do vírus no país desde do fim de 2003.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), que, antes da morte de quinta na Tailândia, declarava que 134 pessoas haviam morrido da gripe aviária no mundo, tem feito apelos para que os países em regiões de risco se mantenham vigilantes.
“Mesmo num país bem preparado como a Tailândia, a doença pode voltar. Você nunca pode ficar descansado,” afirmou Chadin Tephaval, porta-voz da OMS na Tailândia.
Na província de Uthai Thani, 116 galinhas e galos de briga foram sacrificados para evitar que o vírus se espalhe da fazenda do homem morto.
A mulher da vítima não está doente, mas vem sendo monitorada após ter cozinhado e comido alguns dos pássaros mortos, disse Thawat, do Departamento de Controle de Doenças.
Neste sábado, as autoridades aumentarm para 29 o número de províncias tailandesas consideradas áreas de risco da gripe aviária. Ao todo, a Tailândia tem 76 províncias.
A ministra da Agricultura, Sudarat Keyuraphan, declarou que agentes irão de porta em porta para ensinar moradores a como lidar com aves doentes e mortas. Um centro de informações vai receber por telefone avisos sobre possíveis focos da doença, além de tirar dúvidas.
ALERTAS IGNORADOS
O fato das pessoas ainda manusearem pássaros mortos sem proteção nas mãos mostra que as mensagens de segurança do governo não estão sendo assimiladas, de acordo com autoridades.
“Temos usado outdoors, propaganda em rádio e televisão, mas tem gente que ainda ignora os alertas,” afirmou Thawat, do setor de Controle de Doenças.
O governo já ameaçou multar e prender pessoas que não acusarem a ocorrência de pássaros doentes ou mortos.
Os novos surtos na Tailândia e no vizinho Laos renovaram os temores de que a doença pode se espalhar pela Ásia de novo. No Vietnã, 53 cegonhas foram sacrificadas num parque temático, neste sábado, por causa de indícios da doença.
Na Indonésia, suspeitava-se que seis pessoas haviam contraído a doença, mas testes negaram a hipótese, segundo autoridades.