A greve dos Fiscais Federais Agropecuários completa sete dias hoje. Os frigoríficos de Mato Grosso estão com a capacidade de estocagem de carne comprometida. O presidente do Sindicato da Indústria Frigorífica (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas, afirmou que está sendo feito um levantamento dos principais serviços prejudicados com a greve. Os fiscais estão trabalhando apenas parciamente.
A estimativa dos prejuízos da paralisação é de R$ 4 milhões por dia. O acumulado da semana aponta um prejuízo de R$ 28 milhões. Segundo Freitas, a situação é preocupante porque ainda não há sinais de retomada normal da jornada dos fiscais no Estado.
A quantidade de carne retida nos frigoríficos do Estado já chega a 2.150 toneladas. Desse montante, a grande parte da produção é exportada via certificação que é emitida pela fiscalização. O Sindicato dos Frigoríficos garante que o serviço continua sendo realizado, mas com uma capacidade de atendimento de 20%. Com a exportação rejudicada, o aumento da produção interna é intensificada.
Os fiscais continuam a greve por tempo indeterminado e só deve haver uma retomada do trabalho quando as reinvidicações da categoria forem atendidas.
Os fiscais agropecuários cruzaram os braços no dia 26 de julho, por tempo indeterminado. A paralisação atinge principalmente o setor de exportação, já que os fiscais são responsáveis pela inspeção do produto nos frigoríficos.
Segundo a Associação dos Fiscais Federais, a paralisação atinge cerca de 90% da categoria. Eles alegam que não receberam uma contra-proposta do Ministério do Planejamento sobre o Projeto de Lei que trata da reestruturação da carreira do fiscal agropecuário federal.
As principais reivindicações são aumento salarial, gratificações por desempenho e níveis de salário de acordo com o tempo de serviço e escolaridade.
Em Mato Grosso, dos 75 fiscais agropecuários federais, 45 são responsáveis pelo serviço de inspeção nos frigoríficos, o setor mais atingido.
Dos 32 frigoríficos instalados em Mato Grosso, 27 exportam para a União Européia e países de outros continentes. Sem o certificado ficam impedidos de comercializar e sem condições de armazenar grandes cargas.