SEEB-MT continuam sem uma resposta digna por parte da Fenaban. Os bancos apresentaram uma proposta de
reposição da inflação de 4,5% de reajuste, uma PLR inferior à do ano passado, nenhuma valorização dos pisos salariais e nem proteção aos empregos. Eles também negaram auxílio-educação e querem reduzir o auxílio-creche/babá de 83 para 71 meses.
O Comando Nacional deu um prazo até o dia 23 de setembro para que os banqueiros
apresentem uma proposta que valorize os trabalhadores e supra suas necessidades, a paralisação começou partir do dia 24.
“A proposta apresentada nessa 5ª rodada mostrou que os Bancos não estão dispostos a negociar dignamente com os bancários. Além de não suprir as necessidades e expectativas da categoria, a Fenaban piorou alguns pontos já conquistados pelos trabalhadores. Estamos fazendo o possível para que essa negociação ocorra por meio do diálogo, mas a postura dos banqueiros está
transformando uma possível greve em algo iminente. Se a proposta não mudar os
bancários vão parar!”, avalia o presidente do SEEB-MT, Arilson da Silva.
Banqueiros
dizem não em todas as negociações
A primeira rodada de negociação (18 de agosto)
definiu o calendário de discussão da minuta de reivindicações da categoria para três rodadas. A Fenaban rejeitou todas as reivindicações apresentadas pelo Comando Nacional dos
Bancários relativas ao emprego no dia 27 de agosto (2ª rodada), e mais uma vez frustradas as expectativa da categoria, os banqueiros não apresentaram proposta de índice de reajuste nem
valores para tíquete-refeição, auxílio-creche/babá, cesta-alimentação e se recusaram a discutir Plano de Cargos e Salários no dia 2 de setembro (3ª rodada). Os banqueiros mantiveram
a postura das rodadas anteriores na 4ª rodada de negociação (09 de setembro) e não apresentaram proposta sobre as reivindicações de saúde e condições de trabalho, segurança bancária e
igualdade de oportunidades, dentre outras. No dia 17 de setembro, a Fenaban apresentou uma proposta rebaixada que não atende as reivindicações da categoria.
A proposta da Fenaban
Reajuste:
4,5%.
PLR
a) Parcela em número de salários: 1,5 salário reajustado limitado ao valor individual de R$ 10.000 e limitado a 4% do lucro líquido de 2009, o que ocorrer primeiro.
b) Parcela linear: 1,5% do lucro líquido, distribuído linearmente, limitado ao
valor individual de R$ 1.500,00.
Condições:
Os bancos que tiverem prejuízo em 2009 não pagarão PLR. O valor poderá ser
compensado dos planos próprios de participação em lucros ou resultados.
Salário
após 90 dias
Portaria:
R$ 738,00.
Escritório:
R$ 1.059,25.
Caixa:
R$ 1.480,24.
Anuênio:
R$ 16,35.
Gratificação
de compensador de cheques: R$ 93,13.
Auxílio
refeição: R$ 16,63.
Auxílio
cesta-alimentação: R$ 285,21.
13ª cesta-alimentação: R$ 285,21.
Auxílio-creche/babá:
R$ 285,00 (até 71 meses).
Auxílio-funeral:
R$ 549,89.
Ajuda
de deslocamento noturno: R$ 57,39.
Indenização
por morte ou incapacidade decorrente de assalto: R$ 81.998,61.
Requalificação
profissional: R$ 819,52.
Reivindicações dos bancários:
–
Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real).
–
Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850.
–
Valorização dos pisos:
Portaria:
R$ 1.432.
Escriturário:
R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese).
Caixa:
R$ 2.763,45.
Primeiro
comissionado: R$ 3.477,00.
Primeiro
gerente: R$4. 605,73.
–
Auxílio-refeição: R$ 19,25.
–
Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo).
–
13ª cesta-alimentação: R$ 465,00.
–
Auxílio-creche/babá: R$ 465,00.
–
Fim das metas abusivas e do assédio moral.
–
Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com
as entidades sindicais.
–
Contratação da remuneração total, inclusive a parte variável, com a
incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13º,
férias e aposentadoria) – com o objetivo de acabar com as metas abusivas.
–
Garantia de emprego, fim das terceirizações, mais contratações e aplicação da
Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe
demissões imotivadas.
–
Segurança contra assaltos e sequestros, com a retomada imediata da Comissão de
Segurança Bancária, proibição ao transporte de valores pelos bancários e
adicional de risco de vida.
–
Auxílio-educação para todos.
–
Ampliação da licença-maternidade para seis meses.
Negociações BB, CEF e Banco da
Amazônia
A
direção do Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal frustraram a expectativa
de seus funcionários durante a rodada de negociação ocorrida na sexta-feira (18).
As duas empresas não apresentaram proposta suficiente, que supra as
necessidades e anseios da categoria. O Banco da Amazônia não definiu proposta
para PLR e acordaram nova reunião para o dia 29 de setembro.
Bancários em Campanha
Mais
uma vez os bancos provam que abusam dos seus funcionários e da população, onde
está a responsabilidade social? Os trabalhadores estão desde o dia 10 de agosto
(data da entrega da minuta) esperando uma proposta justa. O sindicato e os
bancários realizaram protestos, manifestações, paralisação até as 13 horas no
dia 10 de setembro e mais de 40 reuniões em agências. Mesmo assim a
intransigência foi a resposta do banqueiro. Toda a categoria deve participar da
assembléia no dia 23, para que a decisão seja representativa construindo uma
greve forte para que os bancários conquistem mais essa campanha.
Bancário,
o Sindicato tem conhecimento que alguns bancos (a exemplo do HSBC) estão
tentando intimidar os trabalhadores para que não exerçam seu direito de greve.
Caso o seu banco/gestor tente adotar essa prática, entre em contato com o
SEEB-MT (seebmt@terra.com.br/ (65)3623-5333/ ou diretamente no sindicato) para
que tomemos as medidas cabíveis para garantir seus direitos.
Os Bancários decidiram que mediante prooostas apresentada pela Fenabran a Greve continua nesta Segunda Feira 28 de Setembro.
Lívia
Amaral (jornalista) – 92426401