Antes mesmo da denúncia vir a público, o ex-governador Pedro Taques (PSDB) teria dado a ordem de destruição de todo material ilegal da grampolândia pantaneira. A afirmação é do coronel Zaqueu Barbosa à força-tarefa da Polícia Civil que investiga o caso.
Segundo Zaqueu, a ordem para dar fim ao material teria partido no começo do segundo semestre de 2015, primeiro ano de Taques no governo. O encontro com Taques teria sido na copa da sala de reuniãoes do gabinete do governador.
Zaqueu disse que já havia colocado o cargo à diposição do governador, mas antes gostaria de resolver a questão das escutas ilegais. Para isso, ele diz que pediu ao então governador abrir um procedimento para passar a limpo o assunto, inclusive teria se colocado à disposição para sentar com Mauro Zaque, então secretário de Estado de Segurança para conversar sobre o caso.
Mais tarde, Zaque protocolou a denúncia sobre o caso na Casa Civil e posteriormente tornou o caso público.
Zaqueu disse ainda que a ordem de destruição teria sido dada e que ele passou pra frente. No depoimento à força-tarefa, ele não soube precisar onde o material foi jogado.
No depoimento do cabo Gerson Corrêa, ele reitorou que os HDs contendo as gravações ilegais foram jogados no rio Cuiabá. Para isso, teria recebido as ordens dos coronéis Airton Siqueira, Evandro Lesco e Zaqueu Barbosa.
Outro lado
Desde que o caso se tornou público o então governador Pedro Taques afirma não ter participado do esquema de escutas. Ainda em 2017, o tucano pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para o investigar, por conta do foro por prerrogativa de função. Neste ano, o processo desceu para Mato Grosso e um ofício já foi encaminhado à força-tarefa para que marque um depoimento de Taques. O ex-governador já reiterou o desejo de coloborar com a justiça, mas ainda não foi ouvido no caso.
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