A estratégia pode ser resumida numa frase: se os parlamentares querem mais dinheiro para a saúde, devem criar uma nova fonte de recursos.
O governo não pretende se comprometer, diretamente, com a defesa de um novo imposto para a saúde, depois do desgaste que sofreu com a batalha perdida em torno da CPMF.
A perda de R$ 40 bilhões de receita este ano com o fim do chamado imposto do cheque impedirá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de lançar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Saúde, que previa a destinação adicional de R$ 24 bilhões para a área até 2011. Este ano, o plano era aplicar mais R$ 4 bilhões. Sem os recursos da CPMF, o PAC da Saúde foi arquivado.
A área econômica já avisou ao relator da proposta orçamentária de 2008, deputado José Pimentel (PT-CE), que os recursos para as ações e serviços públicos de saúde serão aqueles definidos pela Emenda Constitucional 29: o montante executado em 2007 corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa que a área terá R$ 47,8 bilhões este ano. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”
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