Outros dois mil médicos cubanos virão até 4 de outubro e o restante chegará no começo de novembro. "Eles vão passar pelos mesmos processos de avaliação. Se não forem aprovados, voltam para casa", diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
De acordo com ele, muitos já trabalharam em países de língua portuguesa, todos têm residência médica em Medicina de Família, 84% têm mais de 16 anos de experiência em medicina e 89% têm mais de 35 anos.
"A diferença dos médicos que chegam pela cooperação bilateral é que eles só vão ocupar vagas não preenchidas nos processos de inscrições individuais. Eles vão complementar o programa Mais Médicos", afirma Padilha. Ao contrário dos brasileiros e estrangeiros que se inscreveram no Mais Médicos, os cubanos não poderão escolher os municípios para onde serão enviados.
Mais médicos
A partir da segunda quinzena de setembro, 358 médicos estrangeiros começam a trabalhar nas cidades do interior e periferias dos grandes centros por meio do Programa Mais Médicos. Na primeira edição, o programa selecionou 1.618 profissionais .
Quando chegarem ao Brasil, os médicos estrangeiros ficarão concentrados em oito capitais: Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Nessas cidades, terão aulas sobre saúde pública brasileira e língua portuguesa durante três semanas, entre 26 de agosto e 13 de setembro. Após a aprovação nesta etapa, começam a atender a população na segunda quinzena de setembro.
Os profissionais que vão atuar em áreas indígenas terão, além do módulo de acolhimento, treinamento específico. Os estrangeiros terão registro profissional provisório e podem trabalhar apenas na região para onde forem designados.
Do total de 1.618 médicos selecionados pelo Mais Médicos, 53% vão para as periferias de capitais e regiões metropolitanas e 47% para municípios com alta vulnerabilidade social. Em relação ao perfil dos profissionais, entre os médicos formados no Brasil, 58% são homens e 42% mulheres. Entre os com diploma do exterior, 63% são homens e 37% mulheres.
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