domingo, 22/12/2024
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Governo sírio deve renunciar nesta terça-feira

O governo do primeiro-ministro sírio Naji Otri renunciará nesta terça-feira e um novo gabinete será formado nas próximas 24 horas, afirmou à AFP um alto funcionário em Damasco, onde milhares de pessoas manifestam apoio ao presidente Bashar-al-Assad. “O governo apresentará sua renúncia e um novo gabinete será constituído nas próximas 24 horas”, declarou a fonte, que pediu anonimato.

Este anúncio acontece no momento em que o regime enfrenta uma onda de protestos, com manifestações em várias cidades do país, alinhada com as revoltas nos países do mundo árabe. Cento e trinta pessoas morreram nas manifestações, segundo os opositores do regime, 30, de acordo com o governo.

Após duas semanas de manifestações contra Bashar-al-Assad, milhares de pessoas seguiam nesta terça-feira para uma grande praça de Damasco para participar em uma manifestação de apoio ao presidente. “Por nosso sangue, por nossa alma, nos sacrificaremos por ti Bashar”, gritavam os manifestantes que seguiam para a praça Sabaa Bahrat, diante do Banco Central, onde foi colocado um enorme retrato do chefe de Estado.

“Deus, Síria, Bashar é um todo” e “Um, um, um, o povo sírio é um”, afirmaram os manifestantes, com bandeiras sírias e fotos do presidente. A Síria é um país de várias religiões e etnias, com maioria sunita e minorias alauita, que controla o poder, cristã e curda.

Protestos irradiam por norte africano e península arábica
No dia 16 de dezembro de 2010, em ato de protesto contra o governo, um jovem desempregado morreu após imolar-se em público na capital da Tunísia. Poucas semanas depois, uma onda de protestos por melhores condições varreu o país, culminando na deposição do presidente Ben Ali. Em fevereiro, o mesmo sentimento popular tomou corpo no Egito, onde a população manteve protestos massivos até a renúncia de Hosni Mubarak.

Estes feitos irradiaram pelo norte africano e pela península arábica. Na Líbia, protestos desembocaram em uma violenta guerra civil entre rebeldes e forças de Muammar Kadafi, situação que levou a comunidade internacional a intervir no país. Mais recentemente, Iêmen e Síria vêm vivendo protestos de maior vulto. Argélia, Bahrein, Jordânia, Marrocos e Omã também vêm sendo palco de contestação política.

AFP/TERRA

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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