quinta-feira, 07/11/2024
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Governo quer acabar com supersalários de servidores

O governo não quer mais pagar a conta dos chamados supersalários. A Casa Civil enviará este ano ao Congresso um projeto para regulamentar nos três Poderes o teto dos servidores públicos, equivalente à remuneração de um ministro do Supremo Tribunal Federal –hoje fixada em R$ 26,7 mil.

A Constituição diz que os vencimentos no Executivo, no Legislativo e no Judiciário não podem ultrapassar o limite legal. Ocorre que não há lei que defina quais benefícios são considerados salário. Resultado: remuneração além do teto estabelecido.

A ausência de um critério único criou na União uma elite ironicamente batizada de “sem-teto”. Há autoridades cujos vencimentos rompem a marca dos R$ 60 mil.

Essa seria a quantia recebida pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), conforme estimativa do Ministério Público Federal.

A conta inclui o salário mensal de R$ 26,7 mil e mais duas aposentadorias, uma do Tribunal de Justiça do Maranhão e outra como ex-governador do Estado. Sua assessoria de imprensa não deu informações a respeito.

“Serão considerados remuneração verbas referentes a aposentadoria ou pensão especial dadas a agentes políticos”, diz um dos artigos do projeto do Planalto.

O texto final é costurado pessoalmente pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, autora de iniciativa semelhante no início do ano, ainda como senadora.

Conforme a versão atual, contarão como remuneração adicionais de tempo de serviço, gratificações, abonos e subsídios, assim como pagamento de 14º e 15º salários. Pela proposta, um servidor aposentado e comissionado, ficaria sem parte do novo salário se sua pensão atingisse o teto do Supremo.

F.deSP

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Parmenas Alt
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