Há dois pedidos de convocação em trâmite no Congresso: um relacionado ao ministro da CGU e outro direcionado à ministra das Mulheres
Integrantes do governo Lula viraram alvo de pedidos de Convocação de parlamentares de oposição após o Palácio do Planalto se negar a informar o custo da viagem da primeira-dama Janja para Nova York em março deste ano.
Como registramos, a Folha pediu as informações por meio da Lei de Acesso à Informação e recebeu negativa em três instâncias. Janja foi para Nova York, para um evento da ONU. Ela está novamente na cidade para acompanhar Lula durante a agenda na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU).
Há dois pedidos de convocação em trâmite no Congresso: um relacionado ao ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho, e outro direcionado à ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves. Os pedidos foram protocolados pelo deputado federal Evair de Melo (PP-ES).
“Desanuviar as dúvidas“
“Apresentamos o presente requerimento com a finalidade de desanuviar as dúvidas decorrentes de posições imprecisas dentro do próprio governo e esclarecer, de forma oficial, sobre a viagem da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, para Nova York, em março deste ano”, afirmou o parlamentar no requerimento.
Segundo o jornal, a assessoria de Janja apresentou informações desencontradas sobre a viagem de março, respondendo inicialmente que ela havia se hospedado na casa de terceiros. Depois, afirmou que a primeira-dama ficou na residência oficial brasileira em Nova York.
Em resposta a um primeiro pedido, o Ministério das Mulheres informou que Janja recebeu da pasta apenas passagens aéreas e seguro viagem, sem custeio de hospedagem ou alimentação.
O painel de viagens do governo Lula informou que os voos de ida e volta entre Brasília e Nova York custaram R$ 43,4 mil.
A Folha fez um novo pedido ao Palácio do Planalto, solicitando detalhes sobre o local de hospedagem, a origem dos recursos para alimentação e estadia, o valor total gasto e o número de servidores que acompanharam Janja.
O gabinete do presidente da República respondeu que o assunto caberia ao Ministério das Mulheres. A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, também negou as informações e argumentou que o Ministério das Mulheres já havia se manifestado, embora não tenha atendido ao pedido da Folha integralmente.
O Antagonista