Inicialmente, a nova tecnologia vai ser executada em 11 cidades brasileiras, distribuídas em sete estados do país
“O sistema utiliza a rede de telefonia celular para emitir os alertas, com aviso sonoro e vibratório, sobressaindo-se a qualquer outro conteúdo em uso na tela do usuário. O alerta também vai funcionar nos celulares em modo silencioso”, diz o governo. “Com o novo sistema, os residentes em áreas de risco e visitantes (inclusive estrangeiros) que estejam passando pelo local vão receber as mensagens sem a necessidade de cadastro prévio”, acrescenta.
A nova tecnologia vai ser executada nas seguintes cidades: Roca Sales (RS), Muçum (RS), Blumenau (SC), Gaspar (SC), Morretes (PR), União da Vitória (PR), São Sebastião (SP), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Indianópolis (MG), Petrópolis (RJ) e Angra dos Reis (RJ). Não há, por enquanto, previsão de expansão.
O anúncio será feito às 10h pelos ministros Waldez Goés (Integração e Desenvolvimento Regional) e Juscelino Filho (Comunicações). O evento vai ocorrer no Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, órgão do governo. A cerimônia vai contar também com a participação de representantes da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A proposta será lançada pelo governo meses após a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul. Segundo os últimos dados divulgados pela Defesa Civil do estado, no dia 10 de julho, 182 pessoas morreram em decorrência das enchentes e das chuvas. Ao todo, 2.398.255 pessoas e 478 municípios foram afetados. Outras 806 pessoas ficaram feridas.
Recorde de ocorrências
O Brasil bateu recorde de ocorrência de desastres hidrológicos e geohidrológicos em 2023, com 1.161 eventos, segundo um estudo produzido pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
Do total de eventos, 716 são hidrológicos, como transbordamento de rios, e 445 são de origem geológica, a exemplo de deslizamentos de terra. As ocorrências seguiram o padrão de locais para onde foram enviados os alertas feitos pelo órgão, com concentração nas capitais e regiões metropolitanas. O mapa aponta que a maioria está localizada na faixa leste do país.
Em relação aos alertas de desastres, o órgão nacional emitiu um total de 3.425 avisos para os municípios monitorados durante o ano passado, sendo 1.813 hidrológicos e 1.612 geológicos. É o terceiro maior quantitativo de emissão de sinais de tragédias desde a criação do órgão, em 2011.
Ao todo, o Cemaden monitora, de forma ininterrupta, 1.038 municípios, que representam 18% das cidades do país e alcançam 55% da população nacional. A maioria dos alertas foi enviada para regiões metropolitanas, ao Vale do Taquari (Rio Grande do Sul) e ao Vale do Itajaí (Santa Catarina). O município de Petrópolis, no Rio de Janeiro, lidera o ranking, tendo recebido 61 alertas, seguido de São Paulo (56) e Manaus (49).
R7