Uma comissão especial criada pelo governo japonês para fazer frente a uma onda de suicídio de estudantes, atribuída à intimidação praticada por outros alunos, o chamado “bullying”, recomendou punições duras para os alunos culpados e para professores que fazem vista grossa ao problema.
O comitê, dirigido pelo ganhador do Prêmio Nobel de Química Ryoji Noyori, sugeriu a possibilidade de segregar os intimidadores em classes separadas, e obrigá-los a prestar serviços sociais.
“A intimidação escolar é um ato anti-social e não deve ser tolerado”, afirma o relatório da comissão. Portanto, “deve haver normas claras para sua punição”.
As conclusões do grupo foram lidas para o primeiro-ministro Shinzo Abe, que havia encomendado o estudo para fazer frente aos casos de “bullying” e ao suicídio de adolescentes.
Oito jovens cometeram suicídio entre 9 e 17 de novembro no Japão, por conta de supostos maus-tratos e intimidação em suas escolas, e a cada semana o Ministério da Educação divulga ter recebido cartas de jovens com tendências suicidas e denunciando problemas nas instituições de ensino.
Entre outras recomendações, o relatório pede mais aconselhamento psicológico nas escolas e punições duras para professores que se omitiram perante denúncias de “bullying”.