domingo, 22/12/2024
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Governo inicia aplicação de vacina 100% nacional contra a Covid-19 nesta terça

Vacina Oxford, produzida originalmente pela Astrazenca, é feita no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz e corresponde a 32,9% de todas as doses anticovid aplicadas no país

A vacina Oxford, da AstraZeneca, é fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) graças a um acordo de transferência de tecnologia entre o governo brasileiro, a universidade britânica e o laboratório farmacêutico. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o imunizante correspondia a 32,9% de todas as doses anticovid aplicadas no país até a última segunda-feira, 21. Nesta terça-feira, 22, começa uma nova fase para essa vacina: o início da aplicação do primeiro lote feito inteiramente no Brasil.

Uma vacina contra a Covid-19 100% brasileira foi possível com a fabricação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria prima que antes era importada. A Fiocruz iniciou a produção em julho de 2021. Em novembro, submeteu à avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja autorização veio em janeiro de 2022. A dependência do IFA importado chegou a provocar atrasos nas entregas de lotes da Fiocruz para o Plano Nacional de Imunização (PNI).

Em entrevista à Jovem Pan News, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o ato de tornar o Brasil autossuficiente na produção de vacinas anticovid foi uma das apostas do governo e destacou ainda a participação do país quando AstraZeneca estava ainda na última fase de estudos clínicos. “Destacar que o Brasil também participou fortemente das pesquisas com essa vacina. Cerca de 50% dos sujeitos dessa pesquisa que validou essa vacina da Universidade de Oxford, da Astazeneca, são aqui do Brasil. Então é o resgate da capacidade produtiva do complexo industrial de saúde é algo que deve ser comemorado por cada um dos brasileiros”, afirmou Queiroga.

O ministro também comentou o anúncio do primeiro ministro britânico, Boris Johnson, sobre o fim de restrições, como o isolamento obrigatório para infectados na Inglaterra. Queiroga afirmou que o ministério discute implementar flexibilizações no Brasil. “O Ministério da Saúde tem esse tipo de medida em seu horizonte. Nós estamos discutindo com as áreas técnicas do ministério para verificar qual é o melhor momento para fazer a flexibilização dessas medidas e passar uma mensagem segura para a população brasileira, para que possamos avançar, não só em relação ao enfrentamento à pandemia, mas em relação aos outros aspectos que são muito importantes, que é justamente o restabelecimento das condições de vida normal da população, da abertura maior da nossa economia”, pontuou Queiroga.

*Com informações da repórter Carolina Abelin-JovemPan

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Parmenas Alt
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