O governo gastou R$ 10,8 bilhões a mais com pessoal e encargos sociais em 2007. No total, foram R$ 116,37 bilhões no ano passado contra R$ 105,49 bilhões. De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin Filho, o aumento ocorreu, principalmente, com a reestruturação das carreiras dos servidores e não deve continuar neste ano.
Em 2007, o superávit do governo central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central) foi de R$ 57,82 bilhões em 2007, segundo dados divulgados hoje pelo Tesouro, em alta de 18,27% em relação a 2006 (R$ 48,892 bilhões).
Por outro lado, o governo investiu apenas R$ 5,1 bilhões dos R$ 11,3 bilhões previstos para o PPI (Plano Piloto de Investimentos) deste ano. O PPI inclui recursos destinados para a infra-estrutura que não podem ser contingenciados para o pagamento da dívida externa.
Augustin alega que, apesar de o valor investido ser muito abaixo do autorizado, houve um crescimento de R$ 2,3 bilhões em relação a 2006, o que é positivo.
“É normal que haja um período de maturação nos investimentos e isso vem ocorrendo. Isso mostra que está havendo uma melhora no perfil do gasto e que acreditamos que vá se acelerar em 2008”, afirmou.
Impostos
A receita bruta do Tesouro Nacional apresentou crescimento de R$ 61,8 bilhões (14,4%) em relação a 2006, passando de R$ 429,1 bilhões para R$ 490,9 bilhões.
O desempenho é resultado, principalmente, do crescimento de R$ 14 bilhões no Imposto de Renda Pessoa Jurídica, devido ao aumento no lucro das empresas e no crescimento na abertura de capital, de R$ 11,3 bilhões na Cofins, por causa do aumento nas vendas, e de R$ 4,5 bilhões no Imposto de Renda, principalmente por causa do aumento nos salários.
FO