Grupo de cerca de 70 pessoas planejou atear fogo em área de mata como protesto e PF investiga se essa é origem do incêndio que dura semanas
Após a informação de que a Polícia Federal investiga um grupo de cerca de 70 pessoas que planejou, como forma de protesto, atear fogo em áreas de floresta entre o município de Altamira e Novo Progresso, no Pará, um documento divulgado pelo Globo Rural afirma que o Ministério do Meio Ambiente teria sido informado do planejamento do incêndio antes dele ocorrer.
O ofício, registrado como urgente, registrava uma notícia veiculada pelo jornal Folha do Progresso informando do “Dia do Fogo ” e ainda retirava o trecho com a justificativa dos líderes da manifestação: “Mostrar para o Presidente que queremos trabalhar e o único jeito é derrubando para formar e limpar nossas passagens é com fogo”.
O documento, enviado no dia 7 de agosto, alerta, ainda, que o incêndio e as manifestações poderiam fugir do controle. Em resposta, dada cinco dias após o ofício e dois dias depois do protesto com fogo, o Ibama afirmou que o Núcleo de Inteligência e a Coordenação de Operações de Fiscalização do Pará foram comunicadas de que os incidentes ocorreriam, mas que as ações de fiscalização estavam prejuficadas porque a falta de apoio da Polícia Militar e os ataques sofridos constantemente colocavam as equipes em campo em risco.
O gerente executivo substituto do Ibama , Roberto Victor Lacava e Silva, afirmou também que ofícios solicitando suporte da Força Nacional de Segurança para ajudar equipes tinham sido solicitados, mas não foram respondidos.
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