Presidente tem pedido maior divulgação das ações do governo e agilidade na entrega de medidas já anunciadas
A primeira reunião ministerial com presença massiva dos titulares das pastas do governo ocorreu em março, e o encontro serviu para discutir a alta do preço dos alimentos e a queda na popularidade de Lula. Nesta quinta (8), o presidente também deve alinhar com a equipe as prioridades do governo neste semestre, especialmente no Legislativo. Uma delas é a desoneração da folha de pagamento dos 17 setores e dos pequenos municípios, como o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destacou ao JR Entrevista.
Há três semanas, Lula cobrou publicamente agilidade dos integrantes de seu governo e afirmou que é preciso “passar por cima dos manuais para fazer as coisas acontecerem”. A declaração foi feita em uma cerimônia de assinatura de recursos para a Amazônia.
“Entre a gente propor a criação do plano e a gente estar fazendo esse contrato, levamos quase um ano. Nós, agora, temos que fazer licitação para comprar as coisas que estão previstas. Se levar mais um ano, a gente vai terminar o mandato sem colocar em prática nosso plano. Quero fazer um apelo: é preciso ser rápido, é preciso passar por cima dos manuais, é preciso tentar fazer as coisas acontecerem”, frisou.
Encontros esvaziados e ‘muito ainda por fazer’
No mês passado, Lula reclamou da ausência de ministros em reuniões interministeriais. Sem citar nomes, o presidente cobrou do chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, a garantir a presença dos colegas nas agendas.
“Eu tenho muita preocupação, porque a gente cria muita reunião interministerial. Eu sou informado das reuniões e nem todos os ministros participam das reuniões. Às vezes, participa da primeira. Na segunda, já manda um segundo colocado [do ministério]. Na terceira, manda um terceiro colocado. Na quarta, manda um quarto colocado”, declarou.
Na reunião ministerial de março, o presidente afirmou à equipe que o governo “ainda tem muito para fazer”. “Todo mundo sabe, também, que ainda falta muito para a gente fazer. Em todas as áreas. E muito não é nada estranho, é tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer durante a disputa eleitoral que fizemos nesse país. Então, nós temos compromisso para fazer as coisas bem feitas e fazer no tempo certo. Isso tudo que nós fizemos é apenas o início, mas isso não basta”, cobrou.
R7